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Cintra: “Guedes defende até hoje criação de imposto único”

Ex-secretário da Receita diz que o ministro da Economia segue defendendo nova taxa, mas a falta de apoio de Bolsonaro empaca a proposta

atualizado

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Waldemir Barreto/Agência Senado
Foto colorida mostra Marcos Cintra, ex-secretário da Receita - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida mostra Marcos Cintra, ex-secretário da Receita - Metrópoles - Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

O ex-secretário da Receita Federal Marcos Cintra, demitido nessa quarta-feira (11/09/2019), defendia a criação de um tributo sobre transações financeiras, nos moldes da CPMF. O presidente Jair Bolsonaro, em sua conta oficial do Twitter, afirmou que a queda de Cintra estava relacionada justamente à tentativa de recriar a extinta CPMF, e decretou que o novo tributo estava fora da reforma tributária.

Em entrevista à revista Veja., o ex-secretário afirma que o ministro da Economia, Paulo Guedes, segue defendendo um imposto do tipo, mas que a falta de apoio de Bolsonaro não levou a proposta para frente.

“Se o presidente repele uma medida, fica muito difícil para o ministro, para os secretários e para os técnicos avançarem com a proposta, né? O presidente sempre foi contrário e também está sendo coerente com a visão que ele tem”, afirmou.

De acordo com Cintra, Guedes sempre defendeu a proposta do imposto. “Defende até hoje, mas é a circunstância. As coisas acontecem não só pelo fato em si, mas é a circunstância na qual as coisas acontecem”, afirmou. “A surpresa de uma repercussão que o presidente não havia sido informado. Ele é muito espontâneo em suas reações. Isso acabou gerando um mal-estar e levou a esse desenlace.”

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