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Produção brasileira terá salto tecnológico na próxima década, diz CNI

Segundo pesquisa da Confederação Nacional da Indústria, percentual de empresas com forte uso de tecnologia passará de 1,6% para 21,8%

atualizado

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Engineer hand using tablet, heavy automation robot arm machine in smart factory industrial with tablet real time monitoring system application. Industry 4th iot concept.
1 de 1 Engineer hand using tablet, heavy automation robot arm machine in smart factory industrial with tablet real time monitoring system application. Industry 4th iot concept. - Foto: IStock

Pesquisa inédita, realizada pelo Projeto Indústria 2027, mostra que 21,8% das empresas nacionais projetam ter o processo produtivo totalmente digitalizado nos próximos 10 anos. Trata-se de um salto significativo, uma vez que hoje apenas 1,6% das companhias ouvidas na sondagem afirmam já operar na fronteira tecnológica, a chamada “indústria 4.0”.

Ao todo, o projeto da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do Instituto Euvaldo Lodi (IEL) consultou representantes de 759 empresas de grande e médio portes, entre junho e novembro de 2017. O objetivo foi identificar como as inovações tecnológicas vão impactar a competitividade do setor produtivo brasileiro. Para tanto, a iniciativa contou com a parceria dos institutos de economia das universidades Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Estadual de Campinas (Unicamp).

“Os dados mostram que a indústria brasileira reconhece a importância do desenvolvimento tecnológico para a sua competitividade, mas é preciso ir além. Precisamos de um empenho nacional nesse sentido. As empresas devem desenhar e executar estratégias e a política pública precisa amparar esse desenvolvimento”, afirma Paulo Mól, superintendente nacional do IEL.

Também conhecida como quarta revolução industrial, a indústria 4.0 aplica, de forma integrada, tecnologias avançadas da automação e controle, além da inovação em processos de manufatura. Segundo a pesquisa, apenas 15,1% das companhias que participaram do projeto já contam com planejamento de estudos e perspectivas de incorporar tecnologias digitais de última geração, como inteligência artificial, armazenamento em nuvem e big data, entre outros. A maioria (45,6%) está com estudos iniciais ou tem planos aprovados sem execução. Para 39,4%, não há ações previstas.

“É preciso disparar o processo de adoção dessas tecnologias, principalmente porque as transformações acontecem em alta velocidade e atrasos comprometem a capacidade das empresas acompanharem a onda tecnológica”, ressalta o economista e coordenador-adjunto do Indústria 2027, David Kupfer. “Por enquanto, não observamos um movimento consolidado para equiparar o desenvolvimento tecnológico da indústria brasileira ao de países como Alemanha e Estados Unidos”, lamenta.

Mesmo estando nas fases iniciais desse desenvolvimento (caso de 77,8% das pesquisadas), com uso parcial e não integrado das tecnologias de informação e comunicação, as empresas entrevistadas pareceram cientes da importância de fazer uso da inovação para seu crescimento futuro. Para 77,3% dos ouvidos, há probabilidade alta ou muito alta de as tecnologias digitais serem dominantes no relacionamento com os fornecedores. Para 71,3%, o mesmo acontecerá na relação das empresas com seus consumidores.

(Com informações da CNI)

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