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Cid Gomes entrega boné do Santander a Campos Neto: “Peça para sair”. Veja vídeo

Campos Neto atuou como membro do conselho executivo do Santander no Brasil até 2018. Presidente do BC foi alvo de críticas de Cid Gomes

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Cid Gomes entega boné do Santander a Roberto Campos Neto - Metrópoles
1 de 1 Cid Gomes entega boné do Santander a Roberto Campos Neto - Metrópoles - Foto: Reprodução/TV Senando

Em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) nesta terça-feira (25/4), o senador Cid Gomes (PDT-CE) pediu que Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (BC), deixe o cargo. Cid Gomes também entregou um boné do Santander ao gestor, que atuou como membro do conselho executivo do banco no Brasil até 2018.

A declaração foi feita durante audiência para debater a meta de inflação e a taxa de juros praticada pelo Banco Central. O índice é alvo de críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de governistas.

Cid Gomes levou um quadro ao plenário para explicar suas críticas ao índice de juros praticado pelo Banco Central. Depois, o senador criticou o suposto apoio de Campos Neto ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Nas eleições de outubro de 2022, o presidente do BC votou em uma escola de São Paulo usando uma camiseta da seleção brasileira em verde e amarelo, um dos símbolos adotados por bolsonaristas ao longo dos último anos.

“O Brasil está ficando em uma situação em que você vê pessoas que eram simpatizantes do governo Bolsonaro elogiando a sua presença. Pessoas que desejaram uma mudança para o Brasil, criticam a sua posição. A política, por mais que o senhor não deseje, está presente nessas questões. O senhor fez manifestações públicas em defesa do presidente Bolsonaro, vestindo camisinha amarela, declaração pública, notória”, disse Cid Gomes.

Depois, Cid Gomes criticou a taxa de juros e entregou um boné com a logomarca do banco Santander a Campos Neto. “No Banco Central, as pessoas vêm do mercado financeiero e voltam para o mercado financeiro”, criticou. Em seguida, o senador pediu: “Com todo respeito, presidente, me perdoe, mas, nessa hora, eu queria lhe fazer uma sugestão. Pegue seu bonezinho e peça para sair”.

Veja:

Audiência

A taxa básica de juros é o principal instrumento do BC para controlar a inflação. Quando o BC aumenta os juros, o objetivo é segurar a demanda aquecida, o que se reflete nos preços.

Os juros mais altos encarecem o crédito e, assim, ajudam a conter a atividade econômica, com menos dinheiro em circulação. Atualmente, o índice praticado é de 13,75% ao ano, e a meta de inflação estabelecida pelo BC para 2023 é de 3,25%.

A taxa é alvo de críticas do presidente Lula e de lideranças do Partido dos Trabalhadores, como a presidente da sigla, Gleisi Hoffmann. O chefe do Executivo Federal chegou a afirmar que o índice é “absurdo” e prejudica o investimento no país.

Mesmo após a insatisfação demonstrada pelo presidente e pela base aliada, o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, manteve, em decisão de março, a Selic em 13,75% ao ano. Apesar da deflação brasileira, foi considerado o cenário internacional “adverso e volátil” e a alta dos juros americanos para a decisão.

Além de comparecer à CAE, Campos Neto participará de um debate com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em 27 de abril. A taxa de juros também será o tema principal da discussão, convocada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

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