Ciclone no Sul: força-tarefa tenta localizar 46 desaparecidos
A Defesa Civil do estado, segundo número oficiais, registra 46 desaparecidos. No que se refere a mortos, o ciclone deixou 42 vítimas
atualizado
Compartilhar notícia

As forças de segurança que atuam, em diversas localidades do Rio Grande do Sul, no resgate de vítimas deixadas pela passagem de ciclone extratropical, têm se engajado na localização dos 46 desaparecidos no estado. A operação ocorre em meio a alertas de novas pancadas de chuva para esta sexta-feira (8/9) e nos próximos dias.
De acordo com o mais recente boletim da Defesa Civil, o quantitativo de desaparecidos se divide entre três municípios, sendo oito em Lajeado, oito em Arroio do Meio e 30 em Muçum.
O cenário encontrado no estado do Rio Grande do Sul é de estabilidade. Após os registros históricos de enchentes, a maioria dos principais rios do estado seguem sem variação de volume, de modo que o risco de desastres e estragos tende a diminuir.
Com a redução do nível da água em diversas localidades do estado, o trabalho das forças de segurança na localização de corpos e feridos fica mais facilitado. No ponto mais crítico das enxurradas, os resgates precisavam ocorrem com o uso de aeronaves.
A força-tarefa também conta com a urgência, uma vez que há previsão de chuva forte em diversas regiões do Rio grande do Sul no fim de semana, o que eleva o risco de novas enxurradas.

Bombeiros trafegam nas ruas das cidades em canoas Divulgação/Bombeiros RS

Moradores da região precisaram se abrigar em telhados para fugir da força das águas Divulgação/Bombeiros RS

Moradores da região precisaram ser regatados com uso de helicóptero Divulgação/Governo RS

Diante do aumento do nível de rios, casas ficaram submersas Divulgação/Governo RS

A Defesa Civil tem emitido alertas sobre o risco de enxurradas Divulgação/Governo RS

Um ciclone extratropical se formou na Região Sul, fazendo com que chuvas e ventos atinjam a localidade Divulgação/Governo RS

Imagens aéreas do município de Lajeado mostram a dimensão do estrago deixado pelo ciclone Divulgação/Governo RS

Milhares de famílias foram afetadas em dezenas de municípios do Sul do país Divulgação/Bombeiros RS
Força-tarefa
Além da Defesa Civil estadual em conjunto com órgãos municipais, têm atuado na força-tarefa principalmente o Corpo de Bombeiros Militar, a Brigada Militar e a Polícia Civil. Há também o apoio, por exemplo, das Forças Armadas.
Além disso, tendo em vista os dados causados a estradas, o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) e da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) trabalham para desobstruir as rodovias.
Número de mortes
O número de mortes alcançou 41, sendo a maior parte dos registros no município de Muçum, que apresenta 15 registros. Confira o número de óbitos por municípios, de acordo com informações oficiais:
- Muçum: 15
- Roca Sales: 10
- Cruzeiro do Sul: 4
- Lajeado: 3
- Estrela: 2
- Ibiraiaras: 2
- Encantado: 1
- Imigrante: 1
- Mato Castelhano: 1
- Passo Fundo: 1
- Santa Tereza: 1
O número de vítimas do ciclone, porém, se soma a um outro registro no estado de Santa Catarina. Assim, o número de mortos pelo fenômeno climático é de 42 pessoas.
Segundo a Defesa Civil, o fenômeno deixou, nos 87 municípios afetados, 3.193 desabrigados, 8.256 desalojados e 223 feridos. Até o momento, foram resgatadas 3.130 pessoas.
Auxílio a atingidos
O governo federal anunciou, nesta sexta-feira (8/9), a liberação de auxílio no valor de até R$ 800 por pessoa atingida pela tragédia provocada por ciclone extratropical no Sul do Brasil.
“A primeira medida é [a instalação] uma sala de situação permanente sobre as questões do ciclone que se abateu no Rio Grande do Sul”, disse Alckmin, no início da tarde desta sexta (8/9), no Palácio do Planalto.