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Caso Vini Jr.: premiê da Espanha defende “tolerância zero com racismo”

Primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, publicou comunicado defendendo que racismo não deve ter lugar no futebol ou na sociedade

atualizado

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Ricardo Stuckert/Presidência da República
Imagem colorida mostra Lula, presidente do Brasil, e Pedro Sánchez, primeiro-ministro da Espanha - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra Lula, presidente do Brasil, e Pedro Sánchez, primeiro-ministro da Espanha - Metrópoles - Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República

O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sanchéz, se manifestou nesta segunda-feira (22/5) sobre o mais recente caso de racismo contra o atacante brasileiro Vinícius Júnior, jogador do Real Madrid. Em publicação nas redes sociais, o premiê espanhol pregou “tolerância zero para o racismo no futebol” e defendeu que o esporte deve ser baseado nos valores de tolerância e respeito.

Sánchez repostou um comunicado do Conselho Superior de Esportes espanhol, ligado ao Ministério da Cultura e Esportes do país. “O ódio e a xenofobia não devem ter lugar no nosso futebol ou na nossa sociedade”, prosseguiu.

No texto, o governo da nação europeia “expressa sua contundente e enérgica condenação aos insultos racistas que estão ocorrendo no campo do futebol e recorda seu papel ativo na luta contra a violência no esporte”.

Veja o post:

O documento frisa ainda que o governo espanhol irá propor à Federação Espanhola de Futebol e à Primeira Divisão da Liga de Futebol Profissional, conhecida como La Liga, o desenvolvimento de uma campanha de conscientização, da qual participarão capitães de clubes espanhóis.

Além disso, o Conselho também promoverá outras medidas pontuais para “lutar contra o flagelo do racismo e da xenofobia” e para lutar contra o discurso de ódio no esporte.

Cobrança do governo brasileiro

Em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (22), a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, afirmou que o governo brasileiro acionou o Ministério Público da Espanha contra a La Liga. Em nota conjunta, pelo menos cinco ministérios pedem providências por parte do governo espanhol, de entidades esportivas daquele país e da própria Fifa.

Segundo Anielle Franco, o governo “vai para cima das autoridades”. “Notificar e oficializar também, para que tenha resposta. Porque o histórico da La Liga não é bom, mas bem racista. Ontem mesmo, o próprio presidente [de La Liga] quis colocar o Vini como sendo culpado por ter vivido o racismo. Estamos aqui em conjunto com o governo, com muita seriedade e afinco”, disse a ministra.

O Itamaraty também entrou em contato com a embaixadora da Espanha no Brasil, Mar Fernández-Palacios, pedindo esclarecimentos sobre as agressões racistas.

Conforme o Metrópoles apurou, o contato ocorreu por telefone, porque a chefe da representação diplomática está fora do país. A embaixadora espanhola recebeu uma ligação da Secretária de Europa e América do Norte do Itamaraty, embaixadora Maria Luisa Escorel de Moraes.

Segundo fontes do Itamaraty, a ideia é transmitir à chefe da missão espanhola no Brasil a posição do governo brasileiro “de repúdio e de preocupação” diante da “impunidade” que se verifica ante os reiterados ataques racistas ao jogador.

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