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Casamento às cegas da vida real: não está na Netflix, mas cerimônia surpresa encantou em GO

Entre pedido de casamento e cerimônia foram só 12h. Surpresa teve ajuda de familiares e amigos. Não está na Netflix, mas fez sucesso

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Reprodução/Arquivo pessoal
goias casamento as cegas da vida real
1 de 1 goias casamento as cegas da vida real - Foto: Reprodução/Arquivo pessoal

Goiânia – Quem é que não gosta de uma verdadeira história de amor? A possibilidade de relacionamentos amorosos bem sucedidos e a ideia de se encontrar um grande amor para a vida movimentam e encantam jovens e adultos por todo o mundo. Atualmente, a versão brasileira do reality show “Casamento às cegas“, exibido pela Netflix, que propõe um pedido de casamento antes mesmo de os envolvidos se conhecerem pessoalmente, tem dado o que falar nas redes sociais.

Detalhe: nesta quarta-feira (20/10), o serviço de streaming libera os últimos episódios do programa e os enlaces serão finalmente revelados. Mas, fora das telas, uma história real ocorrida em Goiás também chamou a atenção no mundo virtual: um pedido de casamento surpresa, cujo intervalo de tempo entre o pedido e a cerimônia foi de apenas 12h. No entanto, pelo menos neste caso, os componentes do casal não eram desconhecidos um do outro.

Ainda que a história tenha ocorrido em 2012, o goiano Renato Cirino, de 38 anos, viralizou recentemente ao relatar o seu divertido pedido de “casamento às cegas” para a então namorada, a bióloga Lorena Cintra, de 37. O professor de artes visuais revelou que planejou tudo com a ajuda de familiares e amigos para que o pedido surpresa e a celebração da união do casal fossem inesquecíveis.

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O começo

Ao Metrópoles, Renato contou que foi apresentado a Lorena em 2008, por um amigo em comum, e aproximadamente um mês depois começaram a namorar. Ele relatou que o casal já estava junto desde 2010, quando, durante uma tarde de bebidas com amigos, em junho de 2012, teve a ideia de pedir a amada em casamento e planejar a festa de forma secreta.

“A história do meu matrimônio foi o verdadeiro “Casamento às cegas”. Eu pedi a mão da minha esposa 12h antes de uma cerimônia que ela não sabia que iria acontecer. Tudo foi organizado por mim e nossos amigos em 30 dias”, disse ele.

Mentiras anotadas

De acordo com Renato, a partir do momento que decidiu fazer o casamento começou “a mentir compulsivamente para a Lorena sobre as coisas que iria fazer para que ela não desconfiasse do que estava para acontecer”. “Eu anotava as mentiras que eu dizia para não entrar em contradição. As amigas e os amigos também se esforçavam para não entregar”, disse o professor.

Segundo ele, fez um “complô” com amigos e dividiu tarefas. Cada pessoa ficou responsável por uma atividade como: comida, vestido da noiva, decoração, lista de músicas, roupa do noivo, cabelo e maquiagem, além de hospedagem, já que o projeto era para se casarem na cidade de Goiás, antiga capital do estado.

Algumas coisas foram mais desafiadoras. Ao escolher as alianças, o professor foi questionado sobre o tamanho que gostaria, além do modelo, mas acabou aceitando a sugestão do ourives e recebeu alianças de 5 mm, que, segundo ele, são “um butelo de tamanho” (uma expressão goiana que significa coisa grande).

Morangos

De forma carinhosa, o casal se chamava de “morango” por causa da música Strawberry Fields Forever, dos Beatles. Também em razão disso, as alianças juntas fazem o formato da fruta. Segundo Renato, elas foram a coisa mais cara do evento. “Eu peguei um empréstimo de R$ 12 mil para fazer o casamento. A aliança custou R$ 3 mil. Mas o trem já ‘tava’ feito, não tinha nem tempo de voltar atrás”, conta ele.

Questionado se cogitou a desistência de Lorena, Renato conta que nem pensou nisso. “Acho que ninguém cogitou, confesso. A empolgação era tamanha que isso nem ficou nos planos”.

O vestido da noiva

Outro desafio enfrentado por Renato foi o vestido da noiva, mas como um bom observador, ele já tinha guardado uma referência que Lorena havia mostrado. “Ela me mostrou uma foto: se um dia eu fosse casar, seria com esse vestido. Eu guardei aquilo na memória. Quando decidi fazer o casamento, eu procurei pela foto e pedi à uma amiga para dar prosseguimento”.

Para enganar Lorena e tirar as medidas para o vestido, o noivo disse que uma amiga do casal gostaria de presenteá-la, mas não sabia qual seria a peça de roupa, por isso, seria necessário fazer a medição de todo o corpo e assim o problema foi solucionado.

A escolha do local

Renato conta que tudo estava caminhando bem, mas ele ainda não tinha um convite para a celebração e nem o local. Ele escolheu a histórica cidade de Goiás, no entanto, para a data escolhida, não tinha lugar disponível no município, já que estava muito próximo.

O local foi escolhido pelo Facebook e para a surpresa de Renato, havia uma grande coincidência. “O dono me tranquilizou que ele já tinha feito um casamento antes no local. Pasmem, o casamento era da filha dele e o casal de chamava Renato e Lorena. O universo ‘tava’ conspirando”. Já os convites foram entregues apenas dez dias antes da cerimônia, para que a informação não vazasse.

O pedido e a cerimônia

Já na cidade de Goiás, os convidados foram direto para o local do evento montar e organizar as coisas. Segundo Renato, Lorena nem desconfiava. Em alguns momentos, ela chegou a encontrar pessoas conhecidas pelas ruas da cidade, mas ainda assim, sem levantar suspeitas. “As pessoas atuaram maravilhosamente bem”, diz ele. O noivo combinou um jantar na Praça do Coreto, ponto de encontro da cidade, onde os amigos ficaram escondidos.

“Subi no banco e improvisei: aproximem, eu tenho um anúncio a fazer. Lorena olhou pra mim com vergonha. Eu me ajoelhei, comecei a fazer uma declaração improvisada lá na hora. Nossos amigos surgiram por trás da Lorena e formaram uma círculo em torno da gente. Foi uma das coisas mais lindas do mundo”.

Veja o momento:

Após o pedido, Renato revelou que o casamento seria no dia seguinte. A despedida de solteiro foi em uma pizzaria da cidade. Lorena questionou sobre a organização e, de acordo com ele, ela chorou quando viu o convite e percebeu que tudo estava acontecendo de verdade.

“O dia do casamento foi um dos melhores dias da minha vida. Ver toda aquela gente que amamos muito, não participando somente, mas literalmente fazendo o casamento. O amigo que nos apresentou celebrou. Nós trocamos votos. Fomos para a cachoeira. Um casamento que só deu certo porque as pessoas acreditaram muito nele. Esse foi o meu casamento às cegas”, disse um apaixonado Renato.

A versão da noiva

Reservada, mas não menos romântica, Lorena fez um relato breve ao Metrópoles sobre o casamento. Segundo ela, não foi um casamento comum, já que os convidados participaram efetivamente da organização do momento e estavam todos muito emocionados.

“Foi uma surpresa total para mim, não desconfiei de nada. Após a declaração dele em praça pública, quase morri de ansiedade até o outro dia. Foi um dia mágico! A sensação que eu tenho é que todo mundo estava muito emocionado pois, praticamente todo mundo que estava ali contribuiu de alguma maneira para que o casamento acontecesse. Então, não foi aquele tipo de casamento que você é convidado e vai lá, dança, come, e vai embora. Nossos amigos falam disso até hoje, quase 10 anos depois”, conta a bióloga.

Veja:

Amor multiplicado

Romântico e apaixonado, Renato conta que após o casamento já construiu um histórico de surpresas para Lorena. Após quase dez anos do casamento inesquecível, eles seguem juntos, mas agora com o filhinho Martin, fruto da história de amor do casal.

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