Câmara do Rio exonera 20 assessores do gabinete de Dr. Jairinho
Prazo da prisão temporária que o vereador e a mãe de Henry, a professora Monique Medeiros, termina às 23h59 desta sexta (7/5)
atualizado
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Rio de Janeiro – Seguindo o rito previsto no regimento interno da casa, o Diário da Câmara Municipal (DCM) desta sexta-feira (7/5) publicou a exoneração de 20 funcionários lotados no gabinete do vereador e médico Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho, a contar deste sábado, 8 de maio.
A publicação no DCM segue o estabelecido no Artigo 14 do Regimento Interno da Casa, que determina a suspensão de todos os direitos referentes ao gabinete do vereador a partir do 31º dia de prisão.
Vale lembrar que Jairinho teve o salário suspenso desde a data da prisão, e responde a processo disciplinar junto ao Conselho de Ética da Casa.
O parlamentar e a professora Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, de 4 anos, estão presos desde o dia 8 de abril acusados homicídio triplamente qualificado e tortura. Monique está denunciada ainda por falsidade ideológica, uma vez que mentiu e, assim, manipulou documentação médica nos episódios em que levou o filho ao hospital após agressões.
A denúncia é do promotor Marcos Kac, do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), que pede ainda a conversão da prisão temporária do casal em prisão preventiva. O prazo na detenção temporária termina às 23h59 desta sexta-feira (7/5). Questionado pelo Metrópoles, o Tribunal de Justiça do Rio não informou ainda se há decisão sobre o pedido do MPRJ.
Entenda o caso
O menino Henry Borel morreu em 8 de março deste ano, no apartamento onde vivia com a mãe e o padrasto, num condomínio na Barra da Tijuca (RJ).
O laudo cadavérico apontou que o garotinho não havia sofrido acidente doméstico, como sustentavam Jairinho e Monique: a causa da morte foi hemorragia interna e laceração hepática decorrente de ação contundente.
O casal está preso. Na última sexta-feira (30/4), a 16ª DP (Barra da Tijuca) concluiu o inquérito sobre a morte de Henry e indiciou Jairinho e Monique por tortura e homicídio.