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Cai o número de estudantes interessados em se matricular no ensino superior

Pandemia de Covid-19 e efeitos econômicos impactaram na decisão de iniciar um curso superior. Para aulas presenciais o resultado foi pior

atualizado

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1 de 1 Escola - Foto: HUGO BARRETO/METRÓPOLES

A vacinação contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, e a situação econômica do país impactaram na decisão de estudantes se matricularem no ensino superior no primeiro semestre deste ano.

Segundo dados de pesquisa da Educa Insights, em parceria com a Associação Brasileira de Mantenedores do Ensino Superior (Abmes), entre os entrevistados, 25% afirmaram que planejam começar a graduação no primeiro semestre, mas em novembro, o número era de 38%.

O adiamento foi ainda maior em matrículas de cursos presenciais. Em novembro, a intenção de fazer uma graduação no sistema era de 33%. Agora, é de 14%. No ensino a distância, o interesse caiu de 46% para 38%.

Com esse cenário, o desafio de gestores educacionais é despertar o interesse dos estudantes novamente. Entre os atrativos estão melhores condições de financiamento do curso e adaptações no semestre letivo, explica Celso Niskier, diretor presidente da Abmes.

“As instituições ainda têm mecanismos para reverter essa decisão de adiar. O fim do auxílio prejudicou os estudantes em especial. Havia uma onda positiva de demanda reprimida, que em janeiro desapareceu. Existe uma correlação com a situação econômica, que prejudica a captação sobretudo em cursos presenciais”, pondera.

O levantamento “Observatório da Educação Superior: análise dos desafios para 2021” foi realizado entre 25 e 30 de janeiro, pela internet, com 1.024 pessoas de 17 a 50 anos. Os resultados foram divulgados nesta terça-feira (9/2).

Norte e Nordeste prejudicados

Pelo país, as instituições de ensino tiveram graus de dificuldade diferente para responder aos impactos da pandemia na captação de alunos. No Norte e Nordeste, os problemas foram maiores do que no Centro-Sul do país.

“Fica a expectativa para o segundo semestre. Esperamos que o setor possa recuperar essas matrículas e converter essa decisão dos alunos de postergar o sonho de cursar o ensino superior”, estima Sólon Caldas, diretor-executivo da Abmes.

A pesquisa identificou que os estudantes que decidiram se matricular no primeiro semestre de 2021 são, em grande parte, integrantes de uma demanda reprimida do período anterior, o segundo semestre de 2020.

Entre os pesquisados, 79% declararam que pretendiam já ter começado a graduação e entre os que ainda estão indecisos, 34% tinham o mesmo pensamento.

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