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Bolsonaro é denunciado à ONU após posar com criança segurando fuzil de brinquedo

Mais de 80 organizações não governamentais e grupos em defesa dos direitos humanos reagiram ao ato do presidente

atualizado

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Bolsonaro com arma de brinquedo ao lado de criança vestida de militar
1 de 1 Bolsonaro com arma de brinquedo ao lado de criança vestida de militar - Foto: Reprodução

Organizações não governamentais (ONGs) e entidades em defesa dos direitos humanos denunciaram, neste sábado (2/10), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao Comitê de Direitos da Criança da Organização das Nações Unidas (ONU), após o mandatário do país posar ao lado de um garoto com um fuzil de brinquedo.

A manifestação é assinada por 80 grupos diferentes, que também fizeram uma representação junto ao Conselho Tutelar de Belo Horizonte, cidade onde ocorreu o episódio, para que adote medidas de proteção frente ao fato, que, segundo defendem, viola a imagem e dignidade da criança.

“O presidente da República promove uso de armas utilizando crianças, caracterizando cenas imorais, sobretudo no que diz respeito à honra não só dos jovens ali presentes, mas de toda criança ou adolescente”, dizem as entidades na manifestação.

Os grupos entendem, ainda, que a conduta do chefe do Executivo “corrompe toda a moralidade e dignidade que uma criança faz jus”.

“Cumpre registrar que não se trata de criticar as atuações dos policiais, mas fazer uso de crianças e de suas imagens sem nenhum pretexto legal, respaldando-se em uma ideologia de violência e falsa segurança sob a autoridade do chefe de Estado”, prosseguem as entidades na manifestação.

Informe Comitê Dos Direitos Das Crianças – OnU by Metropoles on Scribd

Representação Conselho Tutelar – Crianças Com Presidente by Metropoles on Scribd

Entenda

Na última quinta (30/9), uma criança fantasiada de policial se sentou do lado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) com um fuzil de brinquedo durante a cerimônia de sanção do projeto de obras do metrô de Belo Horizonte e do lançamento da pedra fundamental do Centro Nacional de Vacinas.

O presidente, entusiasta do armamento, elogiou os pais do menino — que não teve a idade ou nome revelados. “Eu estou com quase 70 anos. Quando eu era moleque, eu brincava com isso: arma, flecha, estilingue. Assim foi criada a minha geração e crescemos homens, fortes, sadios e trabalhadores”, contemporizou.

O chefe do Palácio do Planalto completou. “Obrigado aos pais desse moleque por estar o emprestando para dar um exemplo de civilidade. Obrigado, Polícia Militar de Minas Gerais”, finalizou.

Sob a gestão Bolsonaro, o porte, a posse e a quantidade de munição permitida para compra foram flexibilizados. Essa era uma promessa de campanha do presidente.

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