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Bolsonaro diz a aliados que prestará depoimento à PF no caso das joias

Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) será ouvido no inquérito que investiga o conjunto de joias recebidos da Arábia Saudita

atualizado

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Reprodução/CNN Brasil
Foto colorida do ex-presidente Bolsonaro - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida do ex-presidente Bolsonaro - Metrópoles - Foto: Reprodução/CNN Brasil

De volta ao Brasil depois de 90 dias nos Estados Unidos, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou a aliados que comparecerá ao depoimento marcado na Polícia Federal para o dia 5 de abril. O ex-mandatário será ouvido no inquérito que investiga o conjunto de joias recebidas de presente da Arábia Saudita e trazidas ilegalmente ao Brasil.

Também está marcada para o mesmo dia a oitiva de Mauro Cid, considerado braço direito do ex-mandatário

Bolsonaro esteve reunido com aliados na manhã desta quinta-feira (30/3), na sede do Partido Liberal (PL), em Brasília. Ao Metrópoles, deputados próximos confirmaram a presença do ex-presidente no depoimento.

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Segundo eles, “não há porque se preocupar” com as investigações já que as joias foram entregues como “presentes oficiais”, enquanto Bolsonaro era presidente da República.

Até agora, descobriu-se que Bolsonaro recebeu pelo menos três conjuntos de joias do país árabe: o primeiro a ser revelado foi uma coleção feminina, com colar de R$ 16,5 milhões; o segundo trata-se de um grupo de joias masculinas — os dois vieram com o ex-ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, em 2021.

Entenda

Em outubro de 2021, uma comitiva do governo comandada pelo então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, retornou ao Brasil de uma viagem oficial à Arábia Saudita com joias femininas na bagagem que faziam parte de um outro conjunto de itens, diferente do que foi adicionado ao acervo pessoal de Bolsonaro.

As peças, segundo Albuquerque, foram presentes do governo saudita para a então primeira-dama, Michelle Bolsonaro. Somadas, as joias chegam ao valor de R$ 16,5 milhões.

As joias estavam na mochila de um assessor do então ministro. No aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, o assessor tentou passar pela alfândega, na fila da Receita Federal de “nada a declarar”. Pela lei, porém, ele deveria declarar os acessórios e pagar taxa de 50% sobre o valor das joias – ou seja, R$ 8,25 milhões.

Como não houve pagamento, a Receita reteve o material. O governo Bolsonaro tentou, em pelo menos oito ocasiões, reaver os itens, acionando inclusive outros ministérios, além da chefia da Receita. Em todas essas tentativas, ninguém pagou a taxa, e as joias não foram devolvidas.

Um segundo pacote não foi interceptado pela Receita, mas também estava na bagagem de um dos integrantes da comitiva que foi ao Oriente Médio em outubro de 2021, em missão oficial, e, do mesmo modo, seria um presente do governo saudita.

O pacote inclui relógio, caneta, abotoaduras, anel e um tipo de rosário, todos da marca suíça de diamantes Chopard. Publicamente, não há estimativa ou avaliação de valores desse outro lote de joias. Bolsonaro afirmou que o presente estava com ele. A partir daí, questionou-se, também, outros presentes, como armas, recebidos e guardados pelo ex-presidente.

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