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Bolsonaro antes do funeral da rainha: “Acha que vim fazer política?”

Apesar da pergunta, o presidente aproveitou a entrevista improvisada para criticar Lula e comparar a situação brasileira com a da Europa

atualizado

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Rachel Sabino/Especial Metrópoles
Bolsonaro fala em frente à casa do embaixador brasileiro em Londres
1 de 1 Bolsonaro fala em frente à casa do embaixador brasileiro em Londres - Foto: Rachel Sabino/Especial Metrópoles

Londres – Na manhã desta segunda-feira (19/9), por volta das 7h50 (horário local), o presidente Jair Bolsonaro (PL) discursou à imprensa, em frente da casa do embaixador do Brasil em Londres. Do local, ele partiu para o Hospital Real de Chelsea, onde se concentrarão os chefes de Estado para a cerimônia religiosa do funeral da rainha Elizabeth II.

Quando questionado sobre a influência da viagem a Londres às vésperas das eleições, Bolsonaro retrucou: “Você acha que eu vim aqui fazer política?”. Diferentemente do domingo (18/9), quando centenas de brasileiros moradores da capital inglesa foram até o local, apenas dois apoiadores estiveram na frente da residência do embaixador nesta segunda.

Apesar da própria pergunta sobre a intenção da viagem, Bolsonaro insistiu em enfatizar questões políticas e econômicas do país diante das indagações dos jornalistas. O candidato à reeleição mencionou Lula e comparou o país com a Europa. “Mas por que a insistência em querer botar um ladrão na Presidência? Como é que está a Europa perto do Brasil? Existe ameaça de fome aqui? Lá no Brasil subiu, sim, 20% a média dos alimentos, mas já começou a cair”, apontou.

Veja imagens de domingo, na chegada de Bolsonaro a Londres:

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“Botar um ladrão com aquela quadrilha toda (na Presidência). Só na Petrobras, o cara desviou em torno de US$ 160 bilhões”, acusou o presidente, ao repetir que não houve casos de corrupção no seu governo. “Estão com saudades daquela patifaria toda?”, perguntou.

Em relação à expectativa sobre o funeral, marcado para as 11h (horário local), na Abadia de Westminster, o mandatário se referiu ao evento como uma “cerimônia de despedida”. “Não tenho expectativa. Vou à missa, ficar calado o tempo todo”, disse o presidente. “Todo mundo vai ter um ponto-final. E o julgamento vai ser pelas suas ações e omissões”, completou.

No domingo (18/9), o presidente da República chegou a Londres e foi direto para a casa do embaixador brasileiro no Reino Unido. Da sacada do prédio, ele fez um discurso para os apoiadores que se reuniram na rua.

Feito de improviso, o pronunciamento citou o objetivo principal da viagem: dar apoio à Família Real e homenagear Elizabeth II. Depois, o discurso se voltou para a eleição. Bolsonaro afirmou que a maioria do eleitores não aceita discutir a legalização do aborto, a descriminalização das drogas e a chamada “ideologia de gênero”.

“Esse é o sentimento da grande maioria do povo brasileiro. Em qualquer lugar que eu vá, como eu estive no interior de Pernambuco, a aceitação é simplesmente excepcional. Não tem como a gente não ganhar no primeiro turno”, disse. Ele também falou da superação do Brasil durante e depois da pandemia da Covid-19, comparando o país a outros da América do Sul. E reiterou: “Nós estamos no caminho certo”.

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