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Balé de SP retorna com coreografia incorporando máscaras de proteção

“A Casa”, de Marisa Bucoff, e “Transe”, de Clébio Oliveira, abrem temporada de Theatro Municipal com reflexão sobre a pandemia e o futuro

atualizado

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Divulgação
Coreografia de espetáculo do Balé da Cidade de São Paulo
1 de 1 Coreografia de espetáculo do Balé da Cidade de São Paulo - Foto: Divulgação

São Paulo – O Balé da Cidade de São Paulo retorna após um ano de atividades paralisadas pela pandemia de Covid-19. O conjunto apresenta os espetáculos “A Casa” e “Transe” neste fim de semana. As duas apresentações poderão ser apreciadas pelo público presencialmente, no teatro, e remotamente pelo canal do YouTube do Theatro Municipal.

“A Casa” foi criada pela bailarina e coreógrafa Marisa Bucoff —há 21 anos no Balé da Cidade. Bucoff criou um espetáculo baseado no período de quarentena, com referência ao filme Dogville, dirigido por Lars von Trier.

A coreografia e o cenário, que representa uma “casa insólita”, procuraram criar soluções que atendam os protocolos de segurança sanitária, incorporando as máscaras de proteção. “Um lugar que nos acolhe, nos protege, mas também nos aprisiona”, afirma Marisa Bucoff.

“A Casa” tem trilha sonora original composta pelo músico Ed Côrtes, desenho de luz de Mirella Brandi e figurinos de João Pimenta.

“Transe” foi criado por Clébio Oliveira, coreógrafo convidado. A coreografia é fruto de pesquisa sobre estados de transe, como no estado intermediário do sono ou numa catarse coletiva. Oliveira se inspirou no festival Burning Man, realizado no deserto de Nevada, nos EUA, para conceber um espetáculo sobre fugir da realidade e buscar um lugar ideal, mas inalcançável.

“Se eu tivesse que resumir em uma única frase, eu diria que Transe é um ritual futurista de êxtase coletivo”, afirma Clébio Oliveira.

“Transe” tem trilha sonora original composta por Matresanch, desenho de luz de Mirella Brandi, figurino de João Pimento e visagismo de Tiça Camargo.

As duas coreografias, de duração aproximada de meia hora, serão apresentadas em programa único nos dias 26 e 27 de fevereiro às 20h, e no dia28 de fevereiro às 17h. Os ingressos custam R$ 80 e R$ 40 (meia-entrada).

O público também poderá assistir os espetáculos pelo canal do YouTube do Theatro Municipal gratuitamente, nos dias 27 e 28 de fevereiro.

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Sobre o Balé da Cidade de São Paulo

O Balé da Cidade de São Paulo faz parte dos corpos artísticos do Complexo Theatro Municipal —Coral Paulistano, Coro Lírico, Orquestra Experimental de Repertório, Orquestra Sinfônica Municipal e Quarteto da Cidade de São Paulo completam o conjunto.

Para Ricardo Appezzato, gestor artístico da Santa Marcelina Cultura, organização social responsável pela gestão do Theatro Municipal de São Paulo, diz que a retomada das atividades foi uma construção coletiva. “É um momento muito forte para a companhia, que após um ano, volta com duas coreografias inéditas. Foi um espetáculo construído por todos”.

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