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Backer: polícia descarta sabotagem e indicia 11 por cerveja contaminada

Quase 30 vítimas foram identificadas durante as investigações, sete delas morreram intoxicadas com dietilenoglicol

atualizado

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Reprodução/Instagram
belorizontina backer
1 de 1 belorizontina backer - Foto: Reprodução/Instagram

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) indiciou 11 pessoas por lesão corporal e homicídio por casos de intoxicação em produtos contaminados da cervejaria Backer.

Pelo menos sete pessoas morreram intoxicadas com dietilenoglicol após consumirem cervejas da Backer. No total, cerca de 30 vítimas foram identificadas.

A suspeita de sabotagem foi descartada. O grupo foi responsabilizado pelo uso incorreto do equipamento e pelo descontrole dessas substâncias.

Os investigadores destacaram que o fato foi acidental, mas que os acusados devem ser indiciados por negligência. “Se houvesse alguém para interromper essas duas condutas, nada aconteceria”, disse o delegado Flávio Grossi.

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O delegado fez uma coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira (09/06). O inquérito foi concluído nesta semana, mas, segundo ele, as investigações continuam.

Entre os indiciados está uma testemunha que, segundo a Polícia Civil, mentiu durante o depoimento à corporação. Foram alvo, também, um chefe da manutenção, seis responsáveis técnicos e três pessoas do núcleo gestor da empresa.

O inquérito acumula cerca de 4 mil páginas e mais de 70 pessoas prestaram depoimento, dentre elas vítimas sobreviventes, suspeitos e testemunhas. “Não é um fechamento perpétuo. Esse número ainda pode variar”, informou a Polícia Civil.

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