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Ex-funcionário da TV Globo é quem vazou vídeo de William Waack

Em entrevista, ele explicou por que só divulgou o vídeo agora, um ano depois do ocorrido

atualizado

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Divulgação/ TV Globo
william waack no jornal da Globo
1 de 1 william waack no jornal da Globo - Foto: Divulgação/ TV Globo

Depois do vazamento do vídeo em que William Waack profere comentários racistas, muitos questionamentos pairaram no ar: quem divulgou as imagens, por que só agora? Em entrevista a rádio Jovem Pan, os responsáveis deram a versão da história.

O operador de videoteipe Diego Rocha Pereira, 28 anos, e o designer gráfico Robson Cordeiro Ramos, 29 anos, são os nomes por trás do vazamento. As imagens foram obtidas por Pereira, ex-funcionário da Rede Globo, quando ele ainda trabalhava na emissora. “Tudo aconteceu enquanto a produção estava colocando o microfone nele. Eu ainda voltei as imagens para ter certeza, não estava acreditando que ele teria falado aquilo. Fiquei tão revoltado que filmei com meu celular”.

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Questionado se tem algum receio, Diego se defendeu: “Não estou receoso. Quem cometeu o crime foi ele. Uma ofensa racial gratuita. Não o conhecia pessoalmente. Nunca me fez nada. Mas o pensamento dele não é cabível. Fiz o que era necessário”.

Sobre divulgá-lo só agora, eles também têm uma explicação. “Fiquei com medo de ser demitido e não postei. Depois, perdi o vídeo e só o recuperei há alguns meses”, explicou Pereira. “Soltei o vídeo em um grupo de líderes do movimento negro. Não foi premeditada essa repercussão. A ideia era mostrar para os amigos que um jornalista influente como ele também poderia ser racista”, acrescentou Robson Ramos.

Imagens
No vídeo, Waack está no intervalo de um noticiário da TV Globo, ao lado de um comentarista, sem perceber que estava sendo filmado. Os dois estão em frente à Casa Branca, em Washington (EUA). É possível ouvir um carro buzinando insistentemente nas ruas. É quando ele, supostamente, afirma: “Tá buzinando por que, seu merda do cacete? Você é um, não vou nem falar, eu sei quem é…”. Depois, continua com um trecho em que parece dizer: “É preto, é coisa de preto”.

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