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Auditor que fez “relatório paralelo” sobre Covid é afastado de funções

Documento apontado pelo presidente Bolsonaro como sendo de autoria da Corte questiona o número de mortes por Covid-19

atualizado

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Alexandre Marques
1 de 1 Alexandre Marques - Foto: Reprodução/YouTube

O Tribunal de Contas da União (TCU) informou que o órgão decidiu afastar o servidor Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques das funções de auditoria. Não houve afastamento do cargo, por enquanto.

O auditor é autor do relatório sobre questionamento do número de mortes por Covid-19 apontado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) como sendo da Corte de Contas. Segundo o TCU, o documento é uma “análise pessoal” de um servidor do tribunal.

Alexandre atua na Secretaria de Controle Externo do TCU da Saúde e mora em Jundiaí (SP). O Metrópoles confirmou que o servidor tem ligação com a família Bolsonaro, é crítico do PSol e da imprensa.

O órgão afirmou nessa terça-feira (8/6) que vai abrir  sindicância para apurar se houve alguma “inadequação de conduta funcional” no caso.

Na segunda-feira (7/6), o presidente Bolsonaro usou o estudo, erroneamente atribuído à Corte de Contas, para acusar governadores e prefeitos de estarem insuflando óbitos por Covid-19 para o recebimento de mais recursos federais.

“O TCU esclarece que não há informações em relatórios do tribunal que apontem que ‘em torno de 50% dos óbitos por Covid no ano passado não foram por Covid’, conforme afirmação do presidente Jair Bolsonaro divulgada hoje”, registrou o tribunal, em nota, ainda na segunda-feira.

Nessa terça, o mandatário recuou, admitiu que tinha errado, mas insistiu em atacar governadores e pedir apuração sobre essa suposta “supernotificação” de mortes.

Bolsonaro e seu entorno vêm questionando os números de Covid-19 no Brasil — compilados pelo Ministério da Saúde, a partir de relatórios das secretarias de Saúde municipais e estaduais — sob a alegação de que os dados estariam insuflados.

Ao abordar o tema da lotação de leitos de unidade de terapia intensiva (UTI), Bolsonaro chegou a dizer que “parece que só se morre de Covid” no país.

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