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Ataque hacker atrasou notificação de morte de voluntário da Coronavac

Segundo Anvisa, mensagem enviada pelo Instituto Butantan demorou para chegar até os técnicos do órgão

atualizado

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Gustavo Moreno/Especial Metrópoles
Diretor-presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres
1 de 1 Diretor-presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres - Foto: Gustavo Moreno/Especial Metrópoles

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou, nesta terça-feira (10/11), que o aviso sobre o óbito do voluntário da vacina Coronavac atrasou em função de “problemas técnicos”.

Em coletiva de imprensa, a Anvisa afirmou que a notificação do chamado evento adverso grave teria sido realizada pelo Instituto Butantan, que desenvolve o imunizante, ainda na sexta-feira (6/11). Ocorre, no entanto, que instabilidades no sistema da agência impediram-na de tomar conhecimento do caso no mesmo dia.

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Segundo a Anvisa, os problemas técnicos são resultado das instabilidades apresentadas nos sistemas do governo federal diante das invasões cibernéticas registradas ao longo da última semana. A agência afirmou que, por precaução, suspendeu o serviço responsável pela notificação dos eventos adversos graves.

De acordo com a linha do tempo divulgada pela agência, a morte do colaborador ocorreu em 29/10. No entanto, o óbito só foi notificado em 6/11.

Ocorre, contudo, que os problemas técnicos atrasaram ainda mais a comunicação, que só aconteceu às 18h de segunda (9/11).

Confira a linha do tempo da notificação do óbito:

  • 29/10 – evento adverso teria ocorrido;
  • 6/11 – Butantan envia informação que não chegou à Anvisa por problemas técnicos;
  • 9/11 – 18h: comitê da Anvisa recebe comunicação oficial do IB informando da ocorrência do evento adverso. “Sem nenhum detalhe”, conforme informado pela agência;
  • 9/11 – 20h47: comunicação eletrônica enviada para Instituto Butantan*
  • 9/11 – 21h25: publicação no portal da suspensão dos estudos. *A comunicação eletrônica em questão aqui é a que determina a suspensão de novas vacinações.

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