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Assaltos amedrontam desabrigados em Porto Alegre e atrapalham resgates

Assaltos deixam voluntários e população receosos e impactam equipes de resgate na região metropolitana de Porto Alegre

atualizado

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Lara Ely/Especial para o Metrópoles
Porto Alegre
1 de 1 Porto Alegre - Foto: Lara Ely/Especial para o Metrópoles

Porto Alegre – Enquanto voluntários do Rio Grande do Sul se mobilizam para acolher as vítimas das enchentes, fazer chegar doações, resgatar pessoas e minimizar o impacto da tragédia que assola a população há quase uma semana, a presença de criminosos e oportunistas propaga uma sensação ainda maior de insegurança para os atingidos e para quem está ajudando.

Segundo o voluntário Luander Velloz, que presta socorro no resgate às vítimas de barco, os furtos e roubos ocorrem por terra e água na região metropolitana de Porto Alegre, onde ele está atuando. “A moto aquática estava dentro da Marina da Ilha das Flores, dentro do box, os indivíduos entraram e furtaram o jetski. Aí entrou no posto solidário e abasteceu. Foi então que um indivíduo reconheceu o jetski pela adesivagen e informou a polícia”, conta ele, sobre seu instrumento de transporte para ajudar os afetados.

Embora a Brigada Militar realize as rondas em frente ao local, a sensação da vizinhança é de um momento de alta vulnerabilidade. “No sábado passou um carro assaltando por aqui, nós temos que ficar atentos dia e noite”, disse o voluntário de um CTG do bairro.

Até a tarde desta quarta-feira (8/5) a Secretaria de Segurança estadual contabilizava 16 prisões só na região metropolitana de Porto Alegre.

No Centro Assistencial Paz, no bairro Rubem Berta, onde mais quase cem pessoas estão abrigadas desde o final de semana, não houve registro de ocorrências, porém, por prevenção, a assistente social Carla Floriano determinou a revista de quem entra para ficar no abrigo. Após localizar um abrigado com faca, a gestora do espaço determinou a medida. Os voluntários se revezam na portaria para fiscalizar entradas e saídas.

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Informações falsas assustam voluntários

Responsável pela gestão de um grupo que distribui marmitas em Porto Alegre, a voluntária Larissa Silveira lamenta o fato de muitas pessoas estarem solicitando doações desnecessárias. Segundo ela, quando as entregas chegam ao destino, o local não existe ou está fechado. O fato está deixando muitos voluntários com medo de sair ou participar das ações. “É importante alertar que estamos todos voluntariando e precisamos checar as informações antes de sair repassando”, afirma ela. Silveira conta que há relatos entre os voluntários, de situações de assalto no momento da entrega das marmitas.

“No dia de hoje, a Brigada Militar intensificou o patrulhamento embarcado nos bairros Humaitá e Navegantes. Todavia é importante frisar que fake news foram divulgadas, causando tensão em quem mora nas regiões ou possuem empresas no local”, afirma o capitão Rubens Kern, do 11º BPM. Ele destaca a importância da comunidade e imprensa auxiliarem no combate às informações falsas. “De qualquer modo, a BM agradece a toda a comunidade que incansavelmente não mede esforços para auxiliar no resgate e acolhimento dos atingidos”, conclui ele.

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