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Após caso Marcos do Val, Flávio Dino diz que “não haverá impunidade”

Flávio Dino aponta acúmulo de evidências para a construção do que considera um “edifício golpista e terrorista”

atualizado

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Luiz Nova/Especial Metrópoles
O ministro Flávio Dino conversa com a imprensa em Brasília - metrópoles
1 de 1 O ministro Flávio Dino conversa com a imprensa em Brasília - metrópoles - Foto: Luiz Nova/Especial Metrópoles

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB-MA), aponta o sequencial acúmulo de evidências para a construção do que considera um “edifício golpista e terrorista”. A declaração do senador eleito, feita nesta quinta-feira (2/2), ocorre após as revelações de Marcos do Val (Podemos-ES) acerca de um esquema golpista supostamente armado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Tijolo a tijolo, se evidencia que construíram um edifício golpista e terrorista. Ainda que incompetentes e desvairados, havia ‘profissionais’ dedicados à obra. Alguns já estão presos, outros pedidos virão. Não haverá impunidade para bandidos que tentaram assassinar a Constituição”, escreveu Flávio Dino no Twitter.

O ministro da Justiça é um dos principais interlocutores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre os ataques antidemocráticos de 8/1 na Praça dos Três Poderes, em Brasília.

Mais cedo, o senador Marcos do Val disse ter recebido do então deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), ao lado de Bolsonaro, um pedido para a sequência de um plano para mudar o resultado das eleições. O parlamentar revelou ter sido requisitado para gravar clandestinamente conversas com Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no sentido de comprometer as eleições presidenciais. O ex-deputado foi preso nesta quinta.

Em coletiva nesta quinta, Marcos do Val afirmou: “Eles colocariam um equipamento de gravação. Teria um veículo próximo ao STF, captando o áudio. Eu, nessa reunião com o ministro Alexandre, conduzindo para ele falar que, em alguns dos processos dele, ultrapassou as linhas da Constituição. E, aí, eu disse, de pronto, que não iria fazer isso, não iria fazer esse tipo de ação. Eu falei: ‘Olha, presidente e Daniel! Isso é ilegal. Para fazer gravação, você tem que ter autorização do juiz’”.

As declarações de Marcos do Val levaram a Polícia Federal a solicitar uma oitiva com o senador, na condição de testemunha, no âmbito da investigação que apura os atos terroristas ocorridos em 8 de janeiro. O depoimento tinha previsão para a tarde desta quinta-feira.Não haverá impunidade

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