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Após áudios vazados e nova prisão, PF reavalia delação de Mauro Cid

Como Cid colocou a PF em suspeição, conforme mostram áudios, a autoridade policial pode reavaliar a delação firmada em setembro de 2023

atualizado

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Vinícius Schmidt/Metrópoles
Bolsonaro Mauro Cid
1 de 1 Bolsonaro Mauro Cid - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Após a divulgação de áudios nos quais os ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid critica o ministro Alexandre de Moraes e a Polícia Federal, o acordo de delação premiada fechado entre ele e a PF será reavaliado. A autoridade policial tinha aceitado a colaboração em setembro de 2023, quando Cid foi solto da prisão. No entanto, com as novidades no caso, ele retorna ao Batalhão de Polícia Do Exército, em Brasília.

Cid foi preso nesta sexta-feira (22/3) assim que terminou audiência de confirmação dos termos da colaboração premida. Em seguida, a Polícia Federal publicou nota na qual afirmou ter cumprido “mandados de prisão preventiva e busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, contra suspeito de obstrução de justiça em investigação que envolve organização criminosa”.

Também informou que “a conduta do preso caracteriza, ainda, o descumprimento das medidas cautelares diversas da prisão impostas no processo criminal em curso”.

Cid passou por exame de corpo de delito no Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal e será apresentado à Polícia do Exército para custódia.

O depoimento foi prestado no STF após áudios vazados em que o militar critica Moraes e a Polícia Federal. O depoimento durou quase 1h30, das 13h05 às 14h30. Cid saiu do STF preso.

Supeição

Inicialmente, os investigadores da PF queriam chamar Cid para esclarecer questões envolvendo os áudios. Porém, mudaram a rota e acharam melhor sugerir que o ex-ajudante de ordens fosse ouvido pelo juiz instrutor no STF, já que Cid os colocou sob suspeição.

Integrantes da PF avaliam que Cid parece estar tentando mandar recados para o círculo pessoal dele, criticando a corporação e o ministro Alexandre de Moraes.

Entre militares, o movimento de Cid — se confirmado como gesto a Bolsonaro — é considerado um tiro no pé, uma vez que a investigação já se mostrou bastante aprofundada no que diz respeito ao ex-ajudante de ordens.

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