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Após 4 meses, Bolsonaro anuncia fim das motociatas: “Risco é muito grande”

Presidente participou de passeios com motociclistas em vários estados para demonstrar força entre seus apoiadores

atualizado

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Arthur Menescal/Especial Metrópoles
motociata de dia dos pais em Brasília
1 de 1 motociata de dia dos pais em Brasília - Foto: Arthur Menescal/Especial Metrópoles

Desde o início de maio deste ano, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) usou passeios de moto com apoiadores como demonstrações de popularidade política — ao mesmo tempo em que pesquisas de opinião registraram o aumento da rejeição ao trabalho do chefe do Executivo entre os brasileiros. Em conversa com apoiadores no fim da tarde desta quinta-feira (16/9), Bolsonaro indicou que a era das motociatas está chegando ao fim.

Um dos apoiadores disse, em conversa no cercadinho do Palácio da Alvorada, registrada por um canal bolsonarista no YouTube, que estará em motociata marcada para o próximo dia 25 de setembro em Ponta Grossa, no Paraná. “É, deve ser, talvez, a última. Já tinha sido marcada e por isso a gente vai honrar o compromisso aí. O risco é muito grande, tá?”, disse o presidente ao militante, sem especificar qual seria.

As motociatas de Bolsonaro — a principal aconteceu em São Paulo no dia 12 de junho — custaram milhões de reais aos cofres públicos e renderam multas estaduais ao presidente e a aliados pelo não uso de máscaras.

No final de maio, no Rio de Janeiro, uma delas teve a participação do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello. Militar da ativa, ele subiu em um trio em que foram feitos discursos políticos. Apesar de a participação de militares da ativa em eventos políticos ser proibida, a ida de Pazuello ao evento não foi punida pelo Exército.

O anúncio pelo presidente do provável fim desse tipo de ato político acontece após ele ter recuado — ao menos momentaneamente — do tom bélico em relação ao Poder Judiciário.

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