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Apelidado de “super-pai”, homem dorme com filho no hospital há 3 anos

Genival acorda no hospital e vai trabalhar. A viagem de ônibus dura cerca de uma hora. No almoço, ele fica em casa com a esposa e o filho mais velho, Paulo Henrique, de 11 anos. Ao fim do expediente, volta ao hospital

atualizado

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Hospital Municipal Irmã Dulce/Reprodução
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1 de 1 pai5 - Foto: Hospital Municipal Irmã Dulce/Reprodução

Enquanto muitas famílias comemoram o Dia dos Pais neste domingo (14/8), a data não será como o balconista Genival Francisco de Almeida, 34 anos, gostaria: com o filho de três anos em casa.

O pequeno Caique sofre de uma doença degenerativa e está internado na UTI Pediátrica do Hospital Municipal Irmã Dulce, em Praia Grande (SP). Para se manter vivo, ele precisa estar ligado aos aparelhos. Apesar disso, Genival dorme ao lado do filho todos os dias.

A vida incomum de Val, como é chamado, o faz ser considerado um “super-pai” pelos profissionais de saúde com os quais compartilha a rotina. Ele só dorme após Caique pegar no sono. Fica em uma poltrona ali, ao lado da cama. De manhã levanta e vai trabalhar. A viagem de ônibus dura cerca de uma hora. No almoço, ele fica em casa com a esposa e o filho mais velho, Paulo Henrique, de 11 anos. Ao fim do expediente, volta ao hospital.

No hospital, Val ajuda no trabalho da enfermagem com os procedimentos que aprendeu, de olho nos aparelhos, realizando a higienização ou a troca de curativos.

Caique só poderá ir para casa se tiver um serviço de Home Care. Val está confiante que isso aconteça. O serviço pode ser concedido pelo governo estadual e é impossível que a família pague, já que o custo mensal gira em torno de R$ 30 mil por mês. “Gostaria de levar meu filho para casa para o convívio com a família. Seria bom para ele principalmente porque no hospital há o risco de contato com doenças. Mesmo com todo carinho e cuidado que recebe aqui no hospital 24 horas diariamente, em casa seria muito melhor para ele” disse, em entrevista ao hospital.

Em outubro, completará três anos que o balconista, junto com a esposa e um filho de 11 anos, vivem essa expectativa.

Com informações do G1 e Hospital Municipal Irmã Dulce

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