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Aos 96 anos, morre Gervásio Baptista, o “fotógrafo dos presidentes”

Profissional vivia em uma casa de repousos em Vicente Pires e morreu de causas naturais

atualizado

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Marcelo Camargo/Agência Brasil
gervásio
1 de 1 gervásio - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O aceno com a cartola do ex-presidente Juscelino Kubitschek para o povo na inauguração de Brasília, em 21 de abril de 1960, ficou eternizado pelas lentes do fotógrafo Gervásio Baptista. Ícone da fotografia brasileira, o profissional morreu nesta sexta-feira (5/4), aos 96 anos. Ele morreu de causas naturais e será cremado. As informações da cerimônia ainda não foram divulgadas.

O colega de profissão Orlando Brito acompanhou Gervásio nos últimos anos. Ele estava morando em uma casa de repouso para idosos em Vicente Pires. “Infelizmente, ele nos deixou”, lamentou o também fotógrafo. Em fevereiro do ano passado, Gervásio foi internado e submetido a uma cirurgia ortopédica no Hospital Regional de Ceilândia (HRC), após cair e fraturar o fêmur.

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Gervásio fotografou os ex-presidentes Juscelino Kubitschek, Tancredo Neves, Getúlio Vargas, entre outros. Com passagens por importantes veículos de comunicação, como as revistas Manchete e O Cruzeiro, o profissional consolidou uma carreira internacional. No ano passado, ele foi homenageado pela Associação Baiana de Imprensa (ABI) com a Medalha do Mérito Jornalístico.

O fotógrafo registrou momentos históricos, como a Revolução Cubana, quando clicou Fidel Castro e Che Guevara, a Revolução dos Cravos, em Portugal, a queda do presidente argentino Juan Domingo Perón, a Guerra do Vietnã, sete copas do mundo e 16 concursos miss universo.

Gervásio começou a fotografar aos 12 anos para o jornal O Estado da Bahia. O talento autodidata chamou a atenção do jornalista Assis Chateaubriand, que o contratou em 1950 para trabalhar em O Cruzeiro. Depois, Adolpho Bloch, proprietário da revista carioca Manchete, o chamou para trabalhar, em 1952, no lançamento da publicação.

Gervásio viveu os últimos anos com uma aposentadoria modesta. Ele sequer guardava cópias de seus trabalhos e não recebia pelos direitos autorais de suas imagens clássicas. Até 2015, o “fotógrafo dos presidentes” trabalhou no Supremo Tribunal Federal (STF).

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