metropoles.com

Anestesista preso por estuprar grávida já atuou em 7 hospitais e clínicas neste ano

Giovanni Quintella Bezerra foi preso em flagrante após colocar o pênis na boca de uma paciente dopada, em um hospital do Rio de Janeiro

atualizado

Compartilhar notícia

Reprodução/Redes sociais
Médico anestesista acusado de estuprar parturientes
1 de 1 Médico anestesista acusado de estuprar parturientes - Foto: Reprodução/Redes sociais

Preso por estupro, o médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra (foto em destaque), de 31 anos, atuou neste ano em ao menos sete unidades de saúde, incluindo clínicas especializadas em mulheres.

Giovanni foi preso em flagrante na segunda-feira (11/7), após enfermeiras e técnicas do Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti (RJ), filmarem o profissional estuprando uma grávida durante cesariana. O médico colocou o pênis na boca da paciente dopada. A prisão foi convertida em preventiva nessa terça-feira (12).

0

Além do Hospital da Mulher Heloneida Studart, Giovanni trabalhou em outras seis unidades de saúde neste ano, segundo registros do Cadastro Nacional de Estabelecimentos em Saúde (Cnes), do Ministério da Saúde, analisados pelo Metrópoles.

As clínicas e os hospitais estão situados no Rio de Janeiro, em Duque de Caxias, em Mesquita e em Nova Iguaçu. Confira:

  • Complexo Regional de Mesquita Maternidade e Clínica da Mulher (Hospital da Mãe)
  • Hospital Estadual Getúlio Vargas (HEGV)
  • Hospital Geral de Nova Iguaçu (HGNI)
  • Hospital Municipal Adão Pereira Nunes
  • Femi Video Clínica
  • Jam Clin Med Assistência Médica (cujo nome fantasia é o médico Jorge Luiz Coberio Chaves)

 

De acordo com Barbara Lomba, titular da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de São João de Meriti, uma enfermeira apresentou novas informações em um dos depoimentos prestados nessa terça-feira (12/7). “Ela contou que viu o Giovanni com o pênis ereto no domingo. Além da vítima do vídeo, outras três mulheres já vieram até a delegacia e acreditam que possam ser vítimas do anestesista”, disse Lomba durante entrevista à Globonews.

Os vínculos do anestesista com essas unidades de saúde variam entre autônomo, intermediado e empregatício. A reportagem decidiu publicar os nomes dos estabelecimentos para colaborar com o surgimento de possíveis novas denúncias.

O Cnes traz o histórico profissional de Giovanni desde abril de 2019, quando o anestesista atuava apenas no HGNI. O registro dele no Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) foi inscrito em junho de 2017, apurou o Metrópoles. Após a prisão, o órgão abriu procedimento cautelar para a imediata suspensão do médico.

A reportagem entrou em contato com todos os estabelecimentos citados.

Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) e a direção do Hospital Estadual da Mulher Heloneida Studart (HMulher) informaram que o médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra não é servidor do estado. “Ele tem título de especialista em anestesiologia, CRM regular e prestava serviço como pessoa jurídica para os hospitais estaduais da Mãe, da Mulher e Getúlio Vargas”, confirmou a pasta.

Segundo a nota, Giovanni estava há dois meses no Hospital da Mulher, onde realizou quatro plantões.

A secretaria esclareceu, ainda, que a Fundação Saúde (FS), responsável pela gestão do HMulher, instaurou sindicância para apurar a atuação do anestesista e “todos os procedimentos adotados por ele durante o parto”.

A Prefeitura de Duque de Caxias afirmou em comunicado que o Hospital Municipal Adão Pereira Nunes (HMAPN) passou para a administração municipal em 19 de janeiro de 2022. No entanto, informou que Giovanni trabalhou na unidade entre janeiro e março de 2022. Segundo a nota, seu último plantão foi em 28 de março de 2022.

O HMAPN ainda adicionou que conduziu uma investigação e não há registros de denúncias.

“A direção do HMAPN informa que, após averiguação intensa, junto a funcionários e pacientes, neste período da administração municipal, não há registros de denúncias envolvendo o atendimento prestado pelo médico na unidade.”

A Prefeitura de Nova Iguaçu, responsável pelo Hospital Geral de Nova Iguaçu (HGNI) não respondeu.

Uma funcionária do HGNI confirmou ao Metrópoles, contudo, que o médico trabalhou na unidade de saúde.

A reportagem não conseguiu contato com as clínicas Femi Video e Jam Clin Med Assistência Médica. O espaço segue aberto, e o texto será atualizado caso haja respostas.

Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.

Compartilhar notícia