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Análises mostram que Rio Paraopeba tem altos níveis de metais

Análises da água foram feitas em expedição da Fundação SOS Mata Atlântica. Resultado será apresentado nesta quarta-feira (27/2) na Câmara

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
Naô Xohã atingida em Brumadinho 11
1 de 1 Naô Xohã atingida em Brumadinho 11 - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

A contaminação do Rio Paraopeba pela onda de rejeitos de minério de ferro da Vale, causada pelo rompimento da barragem de Brumadinho, em Minas Gerais, há mais de um mês, elevou a concentração de metais pesados a níveis muito acima dos limites fixados pela legislação e do tolerável à saúde.

Essa constatação pode ser vista no resultado das análises feitas em expedição da Fundação SOS Mata Atlântica. O relatório será apresentado nesta quarta-feira (27/2), em audiência na Câmara dos Deputados.

Nos 22 pontos analisados em 305 km do rio, desde o Córrego do Feijão, em Brumadinho, até Felixlândia, no Reservatório de Retiro Baixo, todos apresentaram níveis elevados de ferro, manganês, cobre e cromo. Em altas concentrações, o cobre, por exemplo, pode causar náuseas e vômitos. O manganês está associado a rigidez muscular e tremores nas mãos.

“São elementos que não fazem mal à saúde em pequenas quantidades, tanto que os vemos em suplementos, mas em altas concentrações podem trazem problemas à saúde humana e dos animais”, afirmou a bióloga Marta Marcondes, da Universidade Municipal de São Caetano do Sul (SP), que fez as análises laboratoriais.

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