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“Ameaçou matar”, diz mulher que cortou pulsos para fugir de agressões

Após audiência de custódia, agressor foi solto, no entanto, terá de cumprir medida protetiva. Mulher relatou cárcere de mais de um mês

atualizado

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Divulgação/PMGO
goias mulher corta os pulsos para denunciar violencia
1 de 1 goias mulher corta os pulsos para denunciar violencia - Foto: Divulgação/PMGO

Goiânia – A jovem de 28 anos que cortou os pulsos para fugir do cárcere privado e denunciar que sofria violência doméstica disse que foi ameaçada de morte. Segundo a vítima, o marido era violento e que apanhou no dia em que decidiu se ferir. Ainda de acordo com ela, estava sem ter como sair de casa, sem chave e sem telefone há três semanas.

O marido, o comerciante Ariston Alves Meira Filho, 56, que chegou a ser preso em flagrante, passou por audiência de custódia e acabou solto por não ter motivos para a “segregação cautelar, bastando a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão”. No entanto, ele terá de cumprir medida protetiva.

Histórico de violência

A vítima relatou à PM que o homem é muito violento. Segundo ela, chegou a ser ameaçada de morte. “Me deu um tapa na cara, ameaçou me matar, falou que ia quebrar minha cara, me fez ameaça. Ele é muito violento, violento em trânsito, arruma briga”, contou a mulher.

Ao portal G1, a defesa do comerciante informou que Ariston, “em momento algum, teve qualquer intenção de praticar qualquer ato de violência doméstica, o mesmo também não possui histórico algum de agressão contra mulheres”.

 Medidas protetivas

Durante a audiência de custódia, o juiz Danilo Farias Batista Cordeiro concedeu liberdade provisória a Ariston, com base nos pedidos do Ministério Público e da defesa.

De acordo com o decreto do magistrado, o comerciante está proibido de se aproximar da vítima, dos familiares dela e de testemunhas, com distância mínima de 300m. O homem também está proibido de fazer contato com a ofendida, com os familiares dela ou com testemunhas por qualquer meio de comunicação, devendo deixar a casa onde os dois viviam imediatamente.

Pedido de socorro

A vítima cortou os próprios pulsos para ser socorrida e conseguir denunciar que sofria violência doméstica. Ao receber atendimento médico, ela relatou que estava em cárcere privado, sem contato com a família e era agredida pelo marido. Os funcionários da unidade de saúde acionaram a Polícia Militar.

Segundo informações da PM, o homem chegou a entrar no hospital e arrancar a mulher à força do local. Durante o atendimento médico, a vítima contou a um dos enfermeiros que sofria agressões há 10 meses. Segundo ela, tomou a atitude de automutilação para que fosse levada ao hospital ou para o que o companheiro a deixasse morrer.

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