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Aliados do governo estão “tranquilos” com aprovação da Previdência

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) levou o texto da reforma à Câmara dos Deputados na manhã desta quarta-feira (20/2)

atualizado

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Michael Melo/Metrópoles
abertura sessão Câmara dos Deputados
1 de 1 abertura sessão Câmara dos Deputados - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Os aliados do presidente Jair Bolsonaro (PSL) no Congresso se dizem tranquilos quanto à aprovação da proposta da reforma da Previdência. O texto foi levado à Câmara nesta quarta-feira (20/2) pelo próprio chefe do Executivo. Ele ficou cerca de 30 minutos na Casa e voltou ao Palácio do Planalto para dar continuidade às atividades do dia.

Para o líder do PSL na Câmara, o deputado delegado Waldir, a rapidez e a presença do presidente mostram a importância do assunto. “Essa não é uma reforma do Bolsonaro, mas sim do Brasil. É para os pobres”, afirmou. O parlamentar acredita que é preciso eliminar os “marajás” e garantir que todos contribuam. “Nós precisamos acabar com essa palhaçada. Auditores, professores, servidores públicos, militares têm que dar sua cota de contribuição”, completou.

De acordo com o líder, o objetivo é criar um limite de gastos com a Previdência para “sobrar dinheiro” para outras áreas. “Não pode comprometer os cofres públicos com pagamento de aposentados, isso é um absurdo. Temos que pensar que, na verdade, o cidadão quer pouco: ele só quer saúde, educação e segurança”, disse Waldir.

O líder do PPS, Josias Mário da Vitória (PPS- ES), defende que o governo federal “não tem a obrigação” de encaminhar textos pelo presidente da República, mas a atitude de Bolsonaro foi “conceitual” e mostra a relevância do tema. “Temos que ter comprometimento e praticidade, a vida precisa ser feita de forma mais ágil. No Brasil, as coisas patinam há tempos”, apontou.

Para ele, a reforma da Previdência é de interesse nacional e, por isso, deve ser votada às pressas. “Do jeito que o Bolsonaro foi rápido, nós também temos de ser”, completou. Como líder do PPS, Josias Mário garantiu ter “segurança e plena convicção” de que o texto será bem aceito na casa, e o partido contribuirá para isso.

O vice-líder da bancada do PTB na Câmara, o deputado Emanuel Filho, enxerga a necessidade de uma nova proposta com urgência. “É inegável que precisamos revê-la porque, hoje, 48% da receita líquida do Governo Federal é gasta com aposentadoria”, reforçou. Uma vez aprovado o texto, Emanuel afirmou que vai buscar a proporcionalidade dos estados nas contribuições e o cuidado com o “bode expiatório”.

Efraim Morais Filho (DEM), líder da bancada da Paraíba, defende o trâmite do texto de forma mais “cautelosa do que se previa no início do ano”. Para ele, o Congresso e a sociedade esperam por uma reforma que acabe com os privilégios e com a desigualdade no país. “O desajuste fiscal é o perigo do Brasil. Não é uma questão numérica, de matemática. Há uma preocupação social maior do que isso”, finalizou.

Governo e oposição
Depois de passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e por uma outra especial, o texto precisa de 308 votos, dos 513 deputados, em cada turno para ser aprovado. O vice-presidente Hamilton Mourão já afirmou que ao menos 250 votos na Câmara estão garantidos. No Senado, ainda falta buscar cerca de 70 apoiadores segundo o general.

Apesar do apoio dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM), o texto apresentado por Bolsonaro gerou repercussão na casa. No momento em que chegou ao Congresso, o presidente foi recebido pela bancada de oposição. Eles usavam aventais de cor laranja, em alusão às suspeitas de uso de candidaturas laranja nas eleições de 2018 pelo partido do chefe do Executivo, o PSL.

O deputado Waldir disse que as manifestações da oposição são de se esperar, mas a relação com o Congresso está “tranquila devido ao comprometimento dos presidentes de cada uma das Casas”. “A oposição não tem um governador ou prefeito para defendê-los, mas nós temos. Nós também já fomos oposição”, completou.

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