metropoles.com

Adolescente suspeito de estuprar garoto com doença mental é apreendido

Vítima conseguiu contar crime para educadora de abrigo em Goiás, que denunciou caso à polícia. Jovem também é suspeito de incendiar outro

atualizado

Compartilhar notícia

Vinícius Schmidt/Metrópoles
Polícia Civil de Goiás
1 de 1 Polícia Civil de Goiás - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Goiânia – Um adolescente de 17 anos foi apreendido por suspeita de ter estuprado um garoto com doença mental, de 14 anos, dentro da Unidade de Acolhimento de Adolescentes de Aparecida de Goiânia, na região metropolitana da capital de Goiás. O crime ocorreu em fevereiro e a apreensão foi nesta terça-feira (22/3).

A vítima foi estuprada durante a madrugada com emprego de grave ameaça e sem qualquer possibilidade de defesa, segundo a Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais (Depai) da Polícia Civil.

De acordo com o delegado Rodrigo Godinho, o adolescente estuprado narrou a violência para uma educadora da unidade, que abriga pessoas entre 10 e 18 anos com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas.

“Mesmo com dificuldade, a vítima conseguiu expressar para nós o que teria acontecido. O exame foi inconclusivo, mas nesses crimes contra a dignidade, isso não é tão incomum. A gente tinha relato do pessoal do abrigo e entendemos por bem representar para o Poder Judiciário internar o adolescente”, explicou o delegado.

Histórico de crimes

O adolescente suspeito de estuprar o garoto com doença mental também é suspeito de outros crimes. Ele é investigado por ter esquentado um metal e queimado um outro adolescente, que ficou ferido em várias partes do corpo.

A motivação da agressão com queimadura foi um pacote de bolacha, que era do adolescente suspeito, e teria sido comido pela vítima. O adolescente nega os dois crimes.

“Ele exerce uma liderança muito grande no abrigo e é muito temido pelos abrigados”, contou o delegado Rodrigo Godinho.

O adolescente foi levado para uma delegacia de polícia nesta terça e no prazo de cinco dias deve ser encaminhado para um centro de medida socioeducativa. Ele deve ficar em cela isolada, pois alegou ter medo de ser morto por outros internos, já que teria traficado drogas para uma facção criminosa e saiu do grupo.

Compartilhar notícia