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Abril começa com alerta máximo para “efeito coronavírus” no país

Adoecimentos causam preocupação com a primeira quinzena do mês. Especialistas elencam desafios de logística e saúde mental na sociedade

atualizado

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Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, na coletiva diária sobre coronavírus
1 de 1 Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, na coletiva diária sobre coronavírus - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O mês de abril começa sob forte tensão e com as autoridades sanitárias brasileiras em alerta máximo. O temor é  que na primeira quinzena do mês haja um aumento explosivo de casos de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. O prognóstico foi passado pelo próprio Ministério da Saúde.

O país enfrenta nesta quarta-feira (01/04) o endurecimento, por exemplo, das regras de isolamento social. Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, entre outras unidades da Federação, esticaram o fechamento de escolas e do comércio.

O momento é estressante e, segundo o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (foto em destaque), exige ainda mais o isolamento social. Apesar de muitas estimativas elaboradas pelo governo e por entidades independentes, ainda não é possível apontar ao certo quais os impactos do vírus na saúde e na economia brasileira.

Empresas precisam de crédito para sobreviver. O trabalhador assiste a renda encolher e a manutenção do emprego cada vez mais incerta. Médicos se preocupam com a falta de material para socorrer os doentes. Cientistas correm contra o tempo para desenvolver um tratamento e uma vacina para a nova doença. Governos tentam minimizar os impactos sociais e econômicos. Um cenário de terra arrasada.

O Metrópoles reuniu a avaliação de analistas de diversos setores. A paralisação de serviços e o distanciamento social exigirão planejamento logístico para a retomada da vida nas cidades e atenção com os reflexos na saúde mental.

O economista Vladimir Fernandes Maciel, coordenador do Centro Mackenzie de Liberdade Econômica, explica que será necessário o Brasil construir um esforço de logística mesmo após registrar o maior volume de adoecimentos. A força-tarefa será para garantir abastecimento de insumos, por exemplo.

“Haverá necessidade de escalonar horários de entrada e saída de categorias profissionais nas diferentes regiões das cidades. É uma operação logística complicada e delicada, que necessita de coordenação entre as esferas de governo e com as associações de classes e sindicatos”, avalia.

Para o presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), Reinaldo Domingos, o brasileiro terá que repensar seus gastos e estilo de vida para reequilibrar as finanças. E não afasta a ideia de desemprego e diminuição de renda.

“A situação é assustadora para muitos, mas entrar em pânico só prejudica, levando muitas vezes à tomada de decisões erradas que poderão impactar ainda mais nas finanças. A primeira coisa é ter calma para olhar de forma inteligente as finanças. É hora de buscar uma reestruturação financeira, para atravessar esse período”, aconselha.

Cuidados com a saúde mental
Maria de Lurdes Zamora Damião, especialista em gestão de organizações e pessoas da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap), faz um alerta: é preciso cuidar também da saúde da mente. O afastamento da rotina pode reverberar negativamente.

“Você pode sentir que é uma vítima que está sendo obrigada a se isolar, ou sentir que fez a opção por se recolher para proteger sua vida e das pessoas que ama. Perceba que o ponto de vista pode levá-lo ao estresse, que fragiliza sua imunidade; ou te fortalecer para, com discernimento, enfrentar esse desafio”, destaca.

As crianças exigem cuidados redobrados.  O distanciamento social pode causar traumas. Segundo a psicóloga e escritora Ana Helena Corazza, especialista em tratamento infantil, é preciso ter atenção com as emoções.

“Uma das maiores dificuldades deles é lidar com os próprios sentimentos como medo, incerteza, insegurança e sensação de impotência. Quando não trabalhadas conscientemente, essas emoções podem diminuir a nitidez e tornar mais difícil uma conversa clara, sem extremos e que seja compreensível, principalmente, para crianças”, explica.

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