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Canabidiol (ou CBD) – Por que seu uso só aumenta?

Utilização medicinal de maconha e canabidiol é aceita em vários países, pois, em vez de “chapar”, os medicamentos curam males diversos

atualizado

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Hand holding a leaf of marijuana
1 de 1 Hand holding a leaf of marijuana - Foto: IStock

Os defensores da cannabis há muito falam sobre seus benefícios medicinais, mas alguns usos potenciais da planta são surpreendentes. Seu consumo mundo afora está em constante ascensão e promete revolucionar a medicina da forma que conhecemos, principalmente com o uso do canabidiol (CBD).

Mas o que é canabidiol? Trata-se de um produto químico da planta Cannabis sativa, também conhecida como maconha. Mais de 80 substâncias químicas, conhecidas como canabinoides, foram identificadas nesta planta. Embora o delta-9-tetrahidrocanabinol (THC) seja o principal ingrediente ativo, o canabidiol constitui cerca de 40% dos extratos de cannabis e foi estudado para muitos usos diferentes.

Uma das qualidades mais importantes do CBD, como é conhecido, é a falta de interferência na atividade psíquica, pois é isento de THC. Em termos leigos, isso significa que o canabidiol não vai te deixar “chapado”, sendo esse um dos motivos de sua liberação em diversos países.

As pessoas tomam canabidiol, por via oral, para combater ansiedade, transtorno bipolar, distonia, epilepsia, esclerose múltipla, mal de Parkinson e esquizofrenia.

Um spray nasal com prescrição médica (Sativex, da GW Pharmaceuticals) contendo THC e canabidiol é usado para dor e rigidez muscular em pessoas com esclerose múltipla, em mais de 25 países.

Além de ajudar a tratar essas doenças, pesquisas cientificas clínicas garantem que o CBD também é efetivo contra artrite, diabetes, alcoolismo, dor crônica, transtorno de estresse pós-traumático, depressão, infecções resistentes a antibióticos e alguns distúrbios neurológicos.

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A cannabis in natura e o óleo do CBD, o canabidiol

 

Segundo o site hightimes.com, estudos pré-clínicos mostraram que o canabidiol tem uma grande propriedade antitumoral. A pesquisa mais importante para revelar esses poderosos efeitos inibidores de tumores surgiu em 2015 e concluiu que “o CBD retarda a progressão de muitos tipos de câncer, incluindo cânceres de mama, pulmão, próstata e cólon”.

O canabidiol dificulta o crescimento das células cancerígenas, às vezes favorecendo sua eliminação. Portanto, não causa espanto que existam muitas histórias sobre curas “milagrosas” com o uso do CBD.

No Brasil, apesar da burocracia, é permitido incluir a substância no tratamento de saúde, desde que o paciente possua receita e laudo médico para importação. Além disso, algumas ONGs são autorizadas a produzir o CBD no país.

Em recente reportagem sobre o tema legalização da cannabis, a Vice Brasil, em parceria com a Bem Bolado, mostrou o empenho de grupos de empresários, ativistas e pesquisadores que dedicaram os últimos anos pela mudança do estigma – resultante de anos de proibição da maconha e do tráfico de drogas – para uma visão da erva como grande força de transformação.

Será que é chegada a hora de se pensar fora da caixinha e abrir o leque de benefícios que essa planta medicinal pode trazer? Países mundo afora já legalizaram seu uso medicinal e recreativo, concordando que o lado luminoso é infinitamente maior que o lado sombrio.

Seria preciso retirá-la das mãos do tráfico e trazer à população conhecimento e o apoio necessário a fim de que seu uso seja feito sempre de forma responsável e consciente.

E você? É contra ou a favor?

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