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Ataque à Síria: Putin diz que EUA agiram sob “pretexto exagerado”

O presidente russo classificou os ataques como uma tentativa de desviar a atenção de mortes de civis no Iraque

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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, acredita que o bombardeio a uma base militar síria feito pelos Estados Unidos na noite de quinta-feira (6/4) é uma “agressão a um Estado soberano em violação da lei internacional”. Dezesseis pessoas morreram, inclusive crianças, segundo a agência oficial síria. O balanço incluiria sete soldados e nove civis.

“O passo tomado por Washington causa dano significativo às relações entre Rússia e EUA, que já estavam num estado deplorável”, afirmou o porta-voz de Putin, Dmitry Peskov. Ele disse, ainda, que Putin classificou os ataques como uma tentativa de desviar a atenção de mortes de civis no Iraque e que os EUA agiram sob um “pretexto exagerado”.

“Principalmente, Putin acredita que essa ação não nos deixa mais próximos do objetivo final da luta contra o terrorismo internacional. Pelo contrário, causa um sério revés na criação de uma coalizão internacional e medidas efetivas contra esse mal global”, disse Peskov.

Segundo o Kremlin, a morte de sírios na cidade de Kahn Sheikhoun na terça-feira foi resultado de ataques do exército do país a um arsenal químico mantido pelos rebeldes. Para Peskov, os EUA ignoraram incidentes passados em que rebeldes sírios utilizaram armas químicas. Ele também garantiu que o governo sírio destruiu seus estoques de armas químicas.

Na noite de quinta-feira, os EUA fizeram sua primeira ofensiva militar direta contra posições do governo Bashar Assad na Síria, em retaliação a um ataque com armas químicas ocorrido na terça-feira. Foram utilizados cerca de 60 mísseis Tomahawk disparados de navios de guerra no Mar Mediterrâneo contra a base aérea de Shayrat.

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