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Em “A Travessia”, um equilibrista humaniza o concreto

Uma das estreias desta quinta (8/10), a aventura traz Joseph Gordon-Levitt no papel de Philippe Petit, o artista que desafiou as torres do World Trade Center

atualizado

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Sony Pictures/Divulgação
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1 de 1 Sony Pictures/Divulgação - Foto: Sony Pictures/Divulgação

No alto da Estátua da Liberdade, um Joseph Gordon-Levitt de lentes azuis olha para a câmera e começa a narrar uma das mais famosas performances artísticas do século passado. O ator interpreta o francês Philippe Petit, que em 1974 resolveu estender um cabo de aço entre as torres gêmeas do World Trade Center e caminhar sobre o vazio.

Conhecida especialmente por quem já viu o documentário “O Equilibrista” (2008), a trama ganha relevo de fábula histórica nas mãos do diretor Robert Zemeckis. Desde o início, com o ator-personagem olhando diretamente para o público, fica clara a intenção do cineasta: combinar recriação de um episódio real com artifícios digitais.

A proposta não é inédita na carreira de Zemeckis. Antes das especulações surreais da franquia “De Volta para o Futuro”, ele reimaginou a beatlemania sem precisar de sósias dos Beatles em “I Wanna Hold Your Hand” (1978). Em filmes mais populares, misturou imagens e personagens reais aos protagonistas de “Forrest Gump” (1994) e “Contato” (1997).

Diversão saborosamente antiquada
Na linha do cinema-espetáculo de Steven Spielberg, Zemeckis almeja tornar “A Travessia” uma diversão universal. Narração em off, atuações transparentes, sem atalhos irônicos, e a busca frequente por diálogos emotivos dão um charme antiquado ao filme. A fotografia um tanto nublada, certeira para um personagem prestes andar sobre as nuvens, empresta à trama uma atmosfera fabular e onírica.

“A Travessia” entra em cartaz num momento curioso da indústria, em que os blockbusters de super-heróis ainda amargam o fracasso de “Quarteto Fantástico”. Obviamente, os próximos Supermans, Batmans e Homens de Ferro salvarão o mundo mais uma porção de vezes, sempre fazendo graça enquanto evitam catástrofes e destroem satânicos vilões.

Zemeckis, um verdadeiro artífice do digital, ousa ao humanizar os efeitos visuais mais uma vez. Justamente para narrar a saga de um artista que humanizou duas torres feitas de aço e concreto.

Avaliação: Bom

Veja salas e horários de “A Travessia”.

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