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Circulação de dinheiro falso no DF aumenta 64,24%, segundo BC

Nos primeiros cinco meses de 2016 foram apreendidas mais notas falsas do que em todo o ano passado

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Daniel Ferreira/Metrópoles
Notas de dinheiro – Brasília(DF), 06/10/2015
1 de 1 Notas de dinheiro – Brasília(DF), 06/10/2015 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

Todo cuidado é pouco na hora de receber troco em comércios ou até mesmo sacar dinheiro em caixas eletrônicos. O número de notas falsas distribuídas no Distrito Federal aumentou 64,24% este ano. Dados do Banco Central (BC) mostram que, durante todo o ano de 2015, foram recolhidas 8.742 cédulas falsificadas. Apenas nos primeiros cinco meses deste ano, o dado saltou para 14.358, fazendo o DF o quinto no ranking das unidades da Federação com mais notas retidas. São Paulo (58.130), Rio de Janeiro (22.453) e Ceará (19.920) lideram a lista, respectivamente.

Este ano, a capital federal também ostenta outro título preocupante: foi a região do Brasil com maior quantidade de notas de R$ 50 adulteradas, com 12.091 unidades. Uma apreensão feita Polícia Civil no último dia 7 ajuda a engrossar a estatística. Três homens acabaram presos em Ceilândia R$ 50 mil. O dinheiro estava separado em maços de R$ 50 e escondido dentro de uma mala.

A investigação ficou a cargo da 26ª Delegacia de Polícia (Samambaia Norte). A delegacia também desbancou, em abril, uma quadrilha com R$ 12 mil falsificadas. Na ocasião, um homem foi detido e um adolescente apreendido. A dupla estava com notas de R$ 100, a segunda cédula mais recolhida no DF pelo do Banco Central. Neste ano, a soma das unidades retidas ficou de 1.629.

Em nota, o Banco Central informou ao Matrópoles que o número de apreensões no Distrito Federal em 2016 foi impactado pela apreensão, pelos órgãos policiais, de 12.001 exemplares de 50 reais da Segunda Família referentes ao chamado “golpe do paco”. “São notas que não circularam e que trazem em sua área central, no anverso, uma faixa vertical branca com o dizer ‘sem valor’.”

Banco é obrigado a trocar
Na última segunda (20/6), o BC divulgou uma circular que determina aos bancos a troca imediata de notas falsas sacadas em terminais eletrônicos, incluindo caixas 24 horas. A substituição deve ser feita na agência da qual os clientes são correntistas. Os processos internos de envio e análise das notas entre as instituições financeiras e o BC ainda vão levar seis meses para entrar em vigor para que os bancos tenham tempo hábil de se adequarem.

Na primeira etapa, a instituição financeira precisa encaminhar o dinheiro suspeito ao BC. A contagem de tempo pode ser feita de duas maneiras: em até 30 dias corridos se a cédula foi retida em um município em que há uma representação da autoridade monetária ou em até 45 dias para localidades sem a presença do Banco Central.

Na segunda etapa, o dinheiro suspeito é analisado e o resultado divulgado na internet até, no máximo, 20 dias corridos após o recebimento da nota ou moeda pelo banco. O detalhamento dessas regras foi publicado no BC Correio, serviço de informação da instituição com o mercado financeiro, por meio da Circular nº 3.789, assinada pelo diretor de Administração da autarquia, Luiz Feltrim.

A principal mudança feita pelo Conselho Monetário Nacional no mês passado foi a de que a substituição de notas e moedas tidas como duvidosas nos casos de saques ou trocas feitas dentro dos bancos passaria a ser imediata, mas faltava a regulamentação feita hoje pelo BC. A medida não vale para casos de cédulas falsas recebidas em outras localidades, como no comércio, por exemplo.

Beneficiários de programas sociais e aposentados que não possuem conta corrente devem procurar a instituição financeira onde sacaram a quantia. A norma determina que o banco faça a substituição imediatamente. Não é preciso registrar boletim de ocorrência.

O cliente tem como comprovar que efetuou um saque, já que informações como o valor e o horário das operações ficam registradas no sistema da instituição financeira. Atualmente, cerca de 90% das retiradas realizadas no país são feitas via terminais de autoatendimento. O valor médio de cada operação é de R$300.

Como reconhecer as notas falsas
A segunda família do real tem características únicas e difíceis de serem reproduzidas por criminosos. Há uma impressão em alto-relevo na ponta, um quebra-cabeça embaixo do escrito “República Federativa do Brasil”, elementos fluorescentes e até mesmo um número escondido ao lado do rosto que estampa a nota. O site do Banco Central traz animações gráficas que ajudam a analisar as cédulas que vão de R$ 5 a R$ 100. Confira.

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