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Mulher resgatada por Samu e levada para transplante não recebe coração

Moradora de Ceilândia aguardava o procedimento há cinco meses e recebeu uma ligação do ICDF nesta terça (6/9). Graças ao auxílio dos profissionais, conseguiu chegar ao hospital, depois de ficar presa num engarrafamento. Porém, não fez o procedimento

atualizado

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Samu/Divulgação
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1 de 1 samu - Foto: Samu/Divulgação

Quando o telefone tocou na casa de Dinalva Gomes, 39 anos, na manhã desta terça-feira (6/9) a notícia não poderia ser melhor. Na fila para um transplante cardíaco, a moradora de Ceilândia foi informada de que, finalmente, poderia fazer a cirurgia. Precisava chegar ao hospital em 30 minutos, sob o risco de o órgão não poder mais ser implantado nela. A viagem que salvaria a sua vida, entretanto, foi cheia de percalços. A mulher ficou presa em um engarrafamento e, desesperada, precisou de ajuda para chegar ao destino. Quando tudo parecia resolvido, um novo problema adiou o sonho da brasiliense. Após uma pré-avaliação, os médicos concluíram que ela não teria condições de suportar a cirurgia.

Para chegar ao hospital em tempo de receber o coração, o marido de Dinalva acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O chamado inusitado mobilizou quatro motos e um veículo de intervenção médica. Parada no trânsito na parte superior do viaduto de Samambaia, sentido Taguatinga, ela foi resgatada. Com a cor, o modelo e placa do veículo, as equipes conseguiram localizá-la no meio do engarrafamento.

Seguiram para o Instituto de Cardiologia do Distrito Federal (ICDF) com as motocicletas fazendo a escolta e a segurança do carro, inclusive parando o trânsito e abrindo espaço quando necessário. O trajeto foi feito em apenas oito minutos.

O coração, porém, não foi implantado. Diante da fragilidade de seu estado de saúde, Dinalva acabou sendo reavaliada (procedimento padrão) e o órgão dado a outro paciente que aguardava na fila. A moradora de Ceilândia voltou à lista de espera, que já dura cinco meses. O Metrópoles procurou informações sobre a paciente, mas o hospital disse que família não os autorizou a divulgá-las.

No Distrito Federal, o ICDF é o único hospital que promove transplante de coração. Apesar de não ser não da rede pública, a maioria dos transplantes são feitos em pacientes do Sistema Único de Saúde(SUS). De janeiro a julho de 2016, foram realizados 152 transplantes no hospital sendo que, no mesmo período de 2015, foram feitos 75 transplantes. O fígado foi o órgão mais transplantado nos dois anos: em 2016 foram 37 transplantes e em 2015 foram 24 transplantes.

Até agora, 723 pacientes já passaram por alguma cirurgia de transplante na instituição. O primeiro transplante realizado no hospital foi de coração, em 2009. O ICDF faz atualmente transplante cardíaco, renal, de medula óssea, de córnea e de fígado.

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