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Professor diz ter sido demitido do Colégio JK por ser gay

Demissão do funcionário ocorreu um dia após ele se caracterizar de drag queen em gincana da escola. Direção nega que seja caso de homofobia

atualizado

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Colégio JK
1 de 1 Colégio JK - Foto: Divulgação

O professor de língua portuguesa do Colégio JK, Lucas Solano, 28 anos, foi demitido na quarta-feira (5/7), após ter se vestido como drag queen em uma gincana da escola. O docente alega que seu desligamento ocorreu devido a suas orientações sexual e religiosa. Segundo ele, essa não teria sido a primeira vez que ele sofreu retaliação por parte do comando da instituição.

Solano lecionava para turmas dos ensinos fundamental e médio, nas unidades da Asa Norte e de Taguatinga, havia quatro anos. Na terça-feira (4), durante gincana da escola, ele afirma ter sido atacado por um grupo de alunos de uma das equipes: os adolescentes pularam em cima do professor após vencerem uma prova. Solano, contou, se levantou e pediu para que os alunos se afastassem.

“Eu não escondo quem sou nem para o corpo escolar nem para ninguém. Acho que, na era da autoafirmação, como a que vivemos, ninguém deve ser menos do que é”, disse o docente. “Mas o fato é que as diretorias nunca gostaram disso, e isto ficou bem claro com essa minha demissão desmotivada, um dia após eu me caracterizar de drag queen na gincana da escola. Não estou pedindo que todos me adorem, mas que me respeitem, principalmente enquanto profissional”, acrescentou. 

A escola nega que o desligamento tenha sido motivado por preconceito, conforme nota sobre o caso publicada no Facebook da instituição. Procurada pelo Metrópoles, a direção não quis acrescentar nada além do já divulgado. Até a publicação desta matéria, a postagem tinha recebido quase 800 comentários – a maioria, críticas à postura do colégio. A escola acabou apagando a postagem.

No texto, o estabelecimento de ensino afirmou que é contra a homofobia e que não foi levada em consideração a orientação sexual, etnia ou classe social na demissão: “O que foi e sempre será levado em conta é o comprometimento do profissional”. Segundo o texto, as acusações feitas à escola são graves e “lamentamos pelo mal entendido”.

Além da denúncia de preconceito, Solano diz que a escola tem débitos trabalhistas com ele. “Nunca depositaram uma parcela minha do FGTS. Conhecidos que foram demitidos há seis meses só estão recebendo o valor do acerto agora. A escola não respeita seus profissionais”, acusou. 

Arquivo pessoal

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