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Afastada da presidência, Celina faz pressão na CPI da Saúde

A deputada surpreendeu e compareceu à reunião da comissão que investiga denúncias de cobrança de propina na área de Saúde. Durante a reunião, os parlamentares aprovaram a convocação de Afonso Assad, que confirmou ao Ministério Público ter sido achacado por distritais

atualizado

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Michael Melo/Metrópoles
celina leão, CPI da Saúde
1 de 1 celina leão, CPI da Saúde - Foto: Michael Melo/Metrópoles

A CPI da Saúde da Câmara Legislativa aprovou nesta quarta-feira (24/8) a convocação do empresário Afonso Assad, citado nos áudios feitos pela deputada Liliane Roriz (PTB). Segundo relatos de parlamentares, gravados, ele teria se recusado a pagar propina para obter recursos públicos que seriam destinados à reforma de escolas. A aprovação, entretanto, ocorreu em meio a muita confusão e tumulto. Afastada pela Justiça da presidência da Casa, a deputada Celina Leão (PPS) surpreendeu e apareceu na reunião da comissão. Além de acusar colegas e o Palácio do Buriti, confirmando que a sua estratégia de defesa é o ataque, ela pressionou os parlamentares e se portou como se ainda ocupasse o comando do Legislativo local.

Além de Celina, Cristiano Araújo (PSD), que também é citado nas gravações, participou da reunião. Parte dos integrantes da CPI querem a substituição dos parlamentares investigados no suposto esquema de cobrança de propina para liberação de emendas que integram a comissão. Além de Araújo, estão na mira dos colegas Bispo Renato Andrade (PR) e Julio Cesar (PRB).

A expectativa é que os três distritais se afastem espontaneamente dos cargos. Nesta tarde, haverá uma reunião para tratar do assunto. O presidente da CPI, deputado Wellington Luiz (PMDB), quer se reunir com os líderes de blocos, responsáveis pela indicação dos nomes que fazem parte da comissão, para que cada um deles se posicione em relação ao futuro dos deputados envolvidos nas gravações.

Previsto para ser ouvido nesta quarta, o ex-subsecretário de Logística e Infraestrutura da Saúde Marco Antônio da Silveira Júnior não compareceu. Ele está amparado por um habeas corpus concedido pelo Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT). Segundo grampos feitos pela presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues, Marco Júnior seria o responsável pela elaboração do organograma da propina no GDF.

Convocações e quebra de sigilo
Além de Afonso Assad, os distritais aprovaram a convocação do defensor público André Moura, que acompanhou pelo menos seis depoimentos no Ministério Público, entre eles o do próprio empresário e o de Liliane. Foi quebrado o sigilo de Marcello Nóbrega, ex-subsecretário de Administração Geral da Secretaria de Saúde, apontado como um dos operadores de um esquema de propina na pasta.

Outro requerimento aprovado é para que seja informado à Comissão de Valores Mobiliários que a empresa Ticket Car está sob investigação da CPI da Saúde, como fato relevante para seus acionistas. Foi confirmado, ainda, o depoimento do ex-diretor do Fundo de Saúde do DF Ricardo Cardoso, nesta quinta (25). (Com informações da CLDF)

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