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Vice-diretor diz que repreendeu aluno por algazarra e não por chinelos

Ao Metrópoles, professor de escola do Arapoanga nega ter constrangido menino de 12 anos: “Temos respeito por todos”

atualizado

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jordenes ferreira
1 de 1 jordenes ferreira - Foto: Reprodução/Facebook

Um dia depois da divulgação de um vídeo que mostra um garoto de 12 anos descalço em sala de aula em Planaltina, o vice-diretor do Centro de Ensino Fundamental Arapoanga (Cefa), Jordenes da Silva, falou pela primeira vez sobre o caso. Ao Metrópoles, por telefone, ele negou que tenha constrangido o menino, mas admite que o repreendeu por sua conduta inadequada, pela “algazarra”.

Segundo denúncia encaminhada ao Conselho Tutelar, o aluno estava no pátio da escola no início da tarde de chinelos. O vice-diretor teria reclamado e obrigado a criança a tirar o calçado. O professor ainda teria pisado no pé do menino para puni-lo pelo calçado inapropriado.

Jordenes, no entanto, afirma que em momento algum o aluno foi repreendido por estar de chinelos. “Não foi uma ação para prejudicar o aluno. O menino não foi abordado pelas sandálias. Ele estava com uma bola de papel com fita crepe e arremessava no teto do pátio, quando foi chamada a sua atenção. Os chinelos foram encontrados no canto do pátio e, ao chegar na sala, a professora preferiu filmar a ação do que levá-lo para resgatar o calçado.”

Jordenes, que chegou a ser detido após denúncia do Conselho Tutelar à polícia, assegura que essa não é uma prática da escola. “Nunca ofenderíamos um aluno pelas vestimentas. A nossa escola é uma unidade pública de comunidade e nós temos o maior respeito por todos”, disse.

Ele conta que o conselheiro tutelar solicitou que prestasse esclarecimento e comparecesse à delegacia por livre iniciativa. “O fato está em apuração e é do nosso interesse que tudo seja esclarecido o mais rápido possível. A rotina da escola transcorre em sua normalidade”, acrescentou Jordenes.

Para pais, um absurdo
Na manhã desta terça-feira (6/12), pais de outros alunos ainda tentavam entender o que aconteceu e cobraram esclarecimentos da direção da escola. “É um absurdo o que aconteceu. Poderia ter sido com qualquer aluno. Com o filho de cada um dos pais da escola. Nunca foi dito que era proibido o uso de chinelos”, disse a mãe de duas alunas que estudam no Centro Fundamental há três anos e não quis ter a identidade revelada.

A diretora do Cefa, Eunice Corrêa Nascimento, afirmou que está ouvindo alunos e funcionários do colégio para esclarecer o caso. “Eu havia saído para almoçar e, quando cheguei, o Conselho Tutelar já estava aqui tomando providências. Nós não proibimos o uso de chinelos, mas sempre aconselhamos que nossos alunos venham de tênis.”

Ela disse que o vice-diretor foi chamado para uma reunião e não estava presente na escola nesta manhã, pois prestava esclarecimentos à Regional de Ensino. “Nós nunca admitimos desrespeito. O professor Jordenes é um ótimo profissional, uma pessoa íntegra e nunca nos deu motivo de desconfiança. Muita coisa ainda precisa ser esclarecida. Estamos à disposição dos pais e esperamos que tudo seja resolvido o quanto antes”, ressalta Eunice Nascimento.

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