metropoles.com

Bar do Alemão é fechado por calote de R$ 2 milhões em aluguel

Nos três anos de funcionamento do bar, nenhum aluguel foi pago à empresa dona do prédio, segundo advogado. O deputado federal Celso Russomanno (PRB-SP), líder nas pesquisas para a Prefeitura de São Paulo, consta como sócio do bar. Delator da Lava Jato também

atualizado

Compartilhar notícia

Rafaela Felicciano/Metrópoles
bar-alemao
1 de 1 bar-alemao - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O Bar do Alemão, localizado no Setor de Hotéis de Turismo Norte, às margens do Lago Paranoá, foi fechado na manhã desta sexta-feira (5/8) por falta de pagamento. Nos três anos de funcionamento, os donos do estabelecimento nunca pagaram aluguel e acumularam uma dívida de R$ 2 milhões. O deputado federal Celso Russomanno (PRB-SP), líder nas pesquisas para a Prefeitura de São Paulo, consta como sócio do bar, segundo cadastro da Receita Federal.

Constam como sócios, ainda, Luna Mirah Gomes, filha do ex-deputado Eduardo Gomes (PSDB-TO); e o ex-empresário Geraldo Vagner de Oliveira, morto recentemente em um acidente de helicóptero em Jundiaí, no interior de São Paulo. Do grupo de empreendedores também participa a Yelloww Consultoria Ltda, que tem como administrador Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, delator da Lava Jato.

Em seu depoimento, Mendonça Neto detalhou o destino de R$ 60 milhões em propina a Renato Duque, ex-diretor da Petrobras, referente às obras da Repar, refinaria localizada em Araucária, em Pernambuco.

Representante de várias empresas desde a década de 1990, entre elas a Setal Engenharia, depois transformada em Toyo Setal, o empresário admitiu ter pago parte da propina cobrada por ex-diretores da Petrobras na forma de doação oficial para campanhas eleitorais do Partido dos Trabalhadores. Ele estimou em “aproximadamente R$ 4 milhões” o total pago em doações ao PT entre os anos de 2008 e 2011 por orientação pessoal de Duque.

Reprodução
Quadro societário do bar, segundo consulta ao site da Receita Federal

 

O oficial de Justiça chegou ao bar por volta das 9h com o pedido de despejo da proprietária do prédio, a Construcen. “Tentamos negociar várias vezes, mas os donos do bar nunca pagaram. Não havia outra medida a ser tomada”, afirmou o advogado da empresa, André da Mata.

A decisão proferida pelo juiz Jerry Teixeira saiu na última terça-feira (2/8). Segundo o magistrado, os bens do bar devem ser levados a um depósito, que será pago pelos proprietários do estabelecimento.

Os funcionários chegaram cedo para trabalhar, mas tiveram que deixar o local. São cerca de 70 pessoas, entre garçons, cozinheiros, atendentes. Eles afirmam que estão sem receber os valores referentes aos 10% pagos pelos clientes desde janeiro e que o salário deste mês está atrasado. “Vamos procurar nossos direitos na Justiça. Estamos com FGTS, INSS, tudo atrasado”,  disse Jeovane Rodrigues de Oliveira,  32 anos, maître do Bar do Alemão.

O Metrópoles ainda não conseguiu contato com os donos do estabelecimento.

Rafaela Felicciano/Metrópoles
Os funcionários chegaram para trabalhar na manhã desta sexta-feira (5/8)

 

 

 

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?

Notificações