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Exposição “É TUDO NOSSO” leva temática LGBT à CAL

A mostra faz parte do 14º Seminário LGBT do Congresso Nacional, que começa no dia 13/6, na Câmara dos Deputados

atualizado

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Rodrigo D´Alcântara / Divulgação
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1 de 1 capa11 - Foto: Rodrigo D´Alcântara / Divulgação

De repente, parece que esta coluna ficou meio monotemática e só fala sobre artistas e exposições de arte de temática LGBT. Foi incrível, bastou puxar um único fio e de repente veio um mundo de coisas a se descobrir nesse campo. E a exposição “É TUDO NOSSO”, com abertura no dia 13/6, às 19h, na Casa da Cultura da América Latina (CAL), é mais uma delas.

Aberta até o dia 28 deste mês e com visitação diária das 8h às 18h, a mostra se insere na programação do 14º Seminário LGBT do Congresso Nacional, que também começa no dia 13/6, às 19h, na Câmara dos Deputados. O evento é uma realização da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Humanos e do Decanato de Extensão da UnB/CAL.

O curador, Clauder Diniz, explica que o nome da exposição é um grito de ocupação, remetendo ao fato de a mostra ocupar todo o prédio da CAL nas mais diversas formas. Serão expostas obras de artistas de Minas Gerais, Paraíba, Rio de Janeiro, São Paulo e do Distrito Federal.

Entre os nomes apresentados estão Léo Tavares, José Henrique, Rosa Luz, Rodrigo D´Alcântara (criador da obra “Para a carne, arco-íris”, que ilustra este texto) e Christus Nóbrega. Dos artistas expostos, pelo menos quatro já concorreram ao Prêmio APIPA, o maior reconhecimento de arte contemporânea do Brasil.

Aliás, o trabalho de Christus é um dos que se destacam e tem muita história. Quando o pai dele estava doente e precisou de doação de sangue, Christus foi ao hemocentro para doar, mas seu sangue foi recusado por ele ser homossexual.

As palavras “SANGUE INVÁLIDO” foram carimbadas na ficha. Em resposta, o artista pintou os quadros expostos com o próprio sangue. Ele o extraiu, centrifugou e, com a ajuda de químicos, transformou-o em tinta, utilizando-o para pintar plantas que remetem à sexualidade, como a São Sebastião e a Espada de São Jorge. Ele chamou essa série de Sudário.

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A exposição conta ainda com fotografias, vídeos, arte eletrônica, além de desenhos e pinturas, transitando entre o ativismo, erotismo denúncia, crítica social, afeto e poesia. O curador diz que “para além de obras de arte, os trabalhos são exercícios de identidade e cidadania”. Na abertura ainda terá a apresentação da banda Recalque e da cantora Loucas Filgueira, tudo com a ideia de ocupar o máximo de lugares possíveis.

Junto da exposição, também acontece na CAL a I Mostra Cinematográfica da Diversidade Sexual da CAL, de curadoria de Sandro Lobo, de 14/6 a 30/6, sempre às 19h. Serão exibidos filmes como Tirésias, Transamérica, Tangerine e os documentários Dzi Croquettes e Entre os Homens de Bem.

Sem sombra de dúvidas, a arte é um meio de expressão do universo gay, lésbico, bi, transexual e travesti. Por meio dela, o artista pode chegar a lugares no interior do espectador que nem ele mesmo imagina encontrar. Ela provoca, desestabiliza, excita, compadece e agrega os diferentes em uma mesma reação.

Esse é um caminho que eu apoio completamente na jornada da luta pelos nossos direitos e se com isso corro o risco de ficar monotemático, sem problema. É um assunto que sempre vai ter espaço aqui na coluna.

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