metropoles.com

Palocci é alvo de 2 investigações na Procuradoria da República do DF

O procurador Frederico Paiva suspeita que a empresa de consultoria do ex-ministro, a Projeto, recebeu pagamentos que ultrapassam R$ 5 milhões sem prestar efetivamente o serviço. Ele é investigado por enriquecimento ilícito e tráfico de influência

atualizado

Compartilhar notícia

MARCOS BEZERRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
OPERAÇÃO OMERTÀ É DEFLAGRADA PELA PF EM SP.
1 de 1 OPERAÇÃO OMERTÀ É DEFLAGRADA PELA PF EM SP. - Foto: MARCOS BEZERRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

O ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil Antonio Palocci, preso na última segunda-feira (26/9), na 35ª fase da Operação Lava Jato, vai ter que se explicar em duas outras investigações que foram abertas pela Procuradoria da República do Distrito Federal. Ele é investigado por suspeita de enriquecimento ilícito e tráfico de influência. De acordo com o procurador Frederico Paiva, a empresa de consultoria do petista, a Projeto, teria recebido pagamentos que ultrapassam os R$ 5 milhões sem prestar efetivamente o serviço, entre 2007 e 2010.

Os pagamentos teriam vindo da Caoa e do Pão de Açúcar. Palocci teria praticado o tráfico de influência para beneficiar as duas empresas junto ao governo federal. O despacho é um desmembramento de um inquérito que já corria no Ministério Público Federal do DF.

Na apuração que envolve o Pão de Açúcar, o objetivo é averiguar o contrato da empresa de Palocci com o escritório do criminalista e ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, que morreu em 2014.
As investigações revelam que o advogado teria recebido R$ 8 milhões do grupo Pão de Açúcar em um contrato de consultoria e teria repassado R$ 3,5 milhões para a Projeto Consultoria. Porém, nem o escritório nem o grupo conseguiram comprovar a prestação de serviço.

Em outra frente, os procuradores apuram o contrato firmado entre a Projeto e o Grupo Caoa. Representante da Hyundai no Brasil, a empresa é suspeita de compra de medidas provisórias e portarias nos governos dos petistas Lula e Dilma Rousseff. O assunto já é investigado em desdobramentos de duas outras operações: Zelotes e Acrônimo.

Para os procuradores, o contrato entre a empresa de Palocci seria uma suposta propina paga ao ex-ministro em troca de seu empenho para aprovar a Medida Provisória 512, de 2010, que concedeu crédito a fábricas de veículos automotores e de carrocerias, de peças e pneus instaladas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste equivalente ao valor que essas empresas deviam de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

Lava Jato
Já nas investigações da Lava Jato, Palocci é apontado como o elo do PT com a Odebrecht. Ele teria atuado também para aprovar a MP 460, que previa um regime especial de tributação para incorporadoras e poderia beneficiar o Grupo Odebrecht, que também atua no ramo imobiliário.

Ao tomar conhecimento que a proposta tinha sido derrubada pelo então presidente Lula, supostamente por interferência do então ministro Guido Mantega, Marcelo Odebrecht encaminhou um e-mail aos demais executivos do grupo informando que havia recebido um telefonema de Palocci com a promessa de “compensação”.

O criminalista José Roberto Batochio, defensor de Palocci, afirma que o e- ministro nunca recebeu vantagens ilícitas.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?