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Enem passará a ser exclusivo para acesso às universidades

Exame deixará de ser instrumento de certificação para maiores de 18 anos, passando a ser exclusivo para acesso à educação superior

atualizado

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Michael Melo/Metrópoles
maria ines, do inep, e mendonça filho, ministro da educação
1 de 1 maria ines, do inep, e mendonça filho, ministro da educação - Foto: Michael Melo/Metrópoles

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deixará de ser instrumento de certificação para maiores de 18 anos, passando a ser exclusivo para acesso à educação superior. A antiga atribuição passará a ser do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja), que hoje é direcionado a estudantes do ensino fundamental em idade irregular (a partir de 16 anos). A mudança valerá já para a próxima edição.

A novidade foi anunciada nesta quarta-feira (18/1) pelo ministro da Educação, Mendonça Filho, durante coletiva para a divulgação dos resultados do Enem de 2016 e para o anúncio de outras mudanças. Dos 8,6 milhões de inscritos no último Enem, cerca de 1,2 milhão querim somente a certificação do ensino médio, e poucos mais de 7,7% deles conseguiram a nota mínima.

Segundo o ministro, “não dá mais para aplicar uma avaliação tão abrangente, que exige mais do que o necessário, àqueles que têm objetivos distintos, impondo um ônus para quem não pensa no ensino superior”, disse. “A gente vai buscar algo mais enquadrado na demanda e estender aos apenados nas penitenciárias, assunto que levei à presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármem Lúcia”.

Quase 1 mil notas zero
O Enem, assim como o Encceja, é aplicado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). O resultado final do Enem de 2016 divulgado nesta quarta-feira (18), aponta para um dos piores desempenhos na história do exame, especialmente em linguagens, com quase 1 mil notas zero e um único candidato a atingir a nota máxima, acertando entre 800 e 900 questões.

De acordo com a presidente do Inep, Maria Inês Fini, “o desempenho em todas as áreas está absolutamente estagnado. Não estamos conseguindo que nossos alunos do ensino médio aprendam mais desde 2008”. Segundo maria Inês, o Enem não foi criado para certificar o ensino médio e usava o Encceja como matriz para uma dupla função, que incluía o acesso às universidades. O fim dessa duplicidade pode ajudar nos próximos resultados. (Com informações do MEC)

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