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Micro-ondas deixa a comida sem nutrientes? Veja 3 mitos da alimentação

É preciso cuidado com conteúdos compartilhados sobre nutrição nas redes sociais. Nem tudo é o que parece ser. Veja alguns mitos frequentes

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Foto colorida de mulher colocando prato dentro de um micro-ondas - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de mulher colocando prato dentro de um micro-ondas - Metrópoles - Foto: FreshSplash/Getty Images

Seja um influenciador garantindo que água com limão ajuda a emagrecer, seja um “guru fitness” pedindo para fugir do uso do micro-ondas, há diversos mitos, nas redes sociais, a respeito da ciência da nutrição.

Apesar do fluxo interminável de dicas e conselhos sobre alimentação, devemos analisar e interpretar o que a ciência diz. Veja, abaixo, alguns mitos que não são respaldados em estudos:

1. Micro-ondas destrói os nutrientes das refeições
Um tiktoker com 258 mil seguidores afirmou, categoricamente, que colocar a comida no aparelho “mata 94% dos nutrientes da comida”.

Na realidade, qualquer método que leva ao cozimento, devido à temperatura, irá degradar alguns nutrientes, já que o calor altera a estrutura química. A quantidade de nutrientes irá depender do tempo que o alimento é exposto à cocção.

Por cozinhar os alimentos mais rapidamente, o micro-ondas pode ajudar a preservar melhor as vitaminas em relação a outros métodos. De acordo com um estudo publicado na Food Chemistry em 2002, além da vitamina C, potássio e magnésio, o aparelho preserva melhor as fibras.

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2. Fresco é melhor que congelado
Frutas, vegetais, congelados e enlatados duram mais e tendem a ser mais baratos, porém, muitas pessoas evitam comprar por acreditarem que frescos são melhores.

Um vídeo de uma conta com 55,5 mil seguidores sugere que a comida congelada é “terrível para o corpo”. Na verdade, frutas e vegetais congelados podem, sim, conter nutrientes. Isso ocorre por eles passarem pelo mínimo possível de processamento, mantendo boa parte dos nutrientes.

Já os frescos, que podem ficar dias expostos nos supermercados, tendem a sofrer maiores perdas. Os níveis de vitamina C, por exemplo, podem cair pela metade de um dia para outro. Em uma pesquisa, foi avaliado que ervilhas perderam 15% da vitamina C após sete dias de armazenamento em geladeira e 60% quando armazenadas em temperatura ambiente.

3. Tomate, pimentões e batatas fazem mal
Circula pela internet que esses alimentos fazem mal. Alguns blogueiros alegam que os vegetais de erva-moura – família com cerca de 2.500 plantas – podem causar inflamação e piorar a artrite.

A justificaria seria por eles conterem lectinas, proteínas que unem as células e que têm sido associadas à síndrome do intestino irritável quando ingeridas em altas quantidades.

Entretanto, esses vegetais contêm baixo teor de lectina. Além disso, boa parte desses vegetais são ricos em vitamina C, que ajudam a manter as articulações saudáveis, tendo efeito anti-inflamatório.

(*) Thaiz Brito é nutricionista pós-graduanda em Nutrição Esportiva Clínica

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