Remédio para diabetes reduz sintomas de Covid longa em 42%, diz estudo

Pesquisadores da Universidade de Minnesota, nos EUA, acreditam que o remédio para diabetes diminui a replicação de células infectadas

atualizado 10/03/2023 12:52

Imagem colorida: pode de remédio disposto em mesa com compridos ao lado - Metrópoles Scott Olson/Getty Images

Um estudo feito na Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, mostra que o uso da metformina, um medicamento indicado no tratamento da diabetes, pode reduzir os sintomas da Covid longa em até 42%.

Este é um dos primeiros ensaios clínicos sobre o tratamento da condição que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Os pesquisadores acreditam que o medicamento pode diminuir a replicação de células infectadas no corpo, reduzindo o estresse oxidativo e a inflamação.

Os resultados preliminares foram publicados na segunda-feira (6/3) na plataforma Social Science Research Network (SSRN), um repositório de estudos em versão pré-print, dedicado à rápida disseminação de pesquisas acadêmicas. Esse tipo de levantamento ainda não foi revisado pela comunidade científica.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que até 20% das pessoas diagnosticadas com Covid-19 podem desenvolver novos sintomas três meses após a infecção.

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A metformina é um antidiabético que atua diminuindo a quantidade de glicose na corrente sanguínea de pessoas com diabetes do tipo 2, além de melhorar a resposta do corpo à insulina.

No ensaio com 1.125 voluntários diagnosticados com Covid-19, os pesquisadores observaram que, quando usado durante a infecção, o medicamento diminuiu o risco de uma pessoa desenvolver sintomas persistentes em 42%.

Apenas 6% dos participantes que usaram o antidiabético desenvolveram a condição, enquanto 10,6% das pessoas do grupo controle foram diagnosticadas com a Covid longa. Quando o tratamento começou antes do quarto dia de sintomas de Covid-19, as chances de desenvolver a condição diminuíram 54%.

Os autores do estudo destacam que ele foi feito apenas com pessoas com sobrepeso ou obesas e com idades entre 30 e 85 anos, o que pode resultar em algumas limitações nos resultados.

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