A demência inclui sintomas que afetam a memória, o pensamento e as habilidades sociais de uma pessoa a ponto de dificultar a realização de atividades diárias normais.
A doença de Alzheimer é a mais comum e a mais conhecida. Segundo o neurologista Gregory Day, da Mayo Clinic, dos Estados Unidos, doenças que afetam os vasos sanguíneos são a segunda causa mais comum de demência.
Ter um histórico familiar de demência aumenta o risco de desenvolver a doença. No entanto, muitas pessoas com histórico familiar nunca desenvolvem os sintomas. Gregory Day lista quatro dicas para reduzir o risco geral de problemas de memória:
1. Participe de atividades que estimulem o cérebro
Considere quebra-cabeças e jogos de computador. Mas faça disso um hábito ao longo da vida, pois as pesquisas sugerem que o valor das atividades cognitivamente estimulantes é cumulativo. Isso significa que ter uma boa educação, trabalhar em uma atividade que seja mentalmente estimulante e ter passatempos e hobbies que exigem foco mental são importantes para reduzir o risco de desenvolver demência.
2. Foque na educação e em aprender novas habilidades
Os estudos mostram que quanto mais anos de educação uma pessoa tem, menor o risco de desenvolver demência. Tudo indica que as pessoas que passam mais tempo envolvidas em aprendizados tendem a criar redes mais robustas de células nervosas e de conexões entre essas células nervosas nos seus cérebros. Desta maneira, as redes estarão mais bem equipadas para lidar com os danos celulares que podem ocorrer ao longo do tempo.

O Parkinson, o Alzheimer e a demência são doenças neurodegenerativas que afetam principalmente a população idosa. As condições são progressivas e, com o passar do tempo, o paciente torna-se mais dependente do cuidado de terceirosGetty Images

É comum que, no estágio inicial, os sintomas sejam confundidos com o processo natural do envelhecimento. No entanto, familiares e pessoas próximas devem ficar atentas aos sinais Getty Images

Também é importante buscar ajuda de médicos, pois quanto mais precoce for o diagnóstico, maiores serão as chances de controlar o caso e retardar o avanço das doenças, bem como aumentar a qualidade de vida dos pacientesDivulgação

O Parkinson provoca a morte de neurônios que produzem dopamina e desempenham papel importante no sistema locomotor. Os homens são os mais acometidosPixabay

Os familiares do paciente devem ficar atentos aos primeiros sinais de lentidão, rigidez muscular e tremores frequentes, que são mais característicos desta condiçãoPixabay

O Alzheimer, por sua vez, afeta mais a população feminina. Ele provoca a degeneração e a morte de neurônios, o que resulta na alteração progressiva das funções cerebraisPixabay

As consequências mais recorrentes são o comprometimento da memória, do comportamento, do pensamento e da capacidade de aprendizagemPixabay

A demência é progressiva e os sintomas iniciais bastante conhecidos: perda de memória e confusão são os mais comuns. A condição atinge até 25% das pessoas com mais de 85 anos no BrasilPixabay

Problemas na fala e dificuldade em tomar decisões também estão entre os sinais. Porém, há outros indícios sutis que podem alertar para o desenvolvimento de alguns tipos de doenças degenerativas Pixabay

Problemas de visão: um estudo feito no Reino Unido pela UK Biobank mostra que pessoas com degeneração macular relacionada à idade têm 25% mais chance de ter demênciaPixabay

Perda auditiva: pode estar ligada a mudanças celulares no cérebro. Mas a perda de visão e audição pode levar o idoso ao isolamento social, que é conhecido há anos como um fator de risco para Alzheimer e outras formas de demênciaAgência Brasil

Mudanças de humor: pessoas com quadros iniciais de demência param de achar piadas engraçadas ou não entendem situações que costumavam achar divertidas e podem ter dificuldade de entender sarcasmo Pixabay

Problemas na gengiva: pesquisas apontam que a saúde bucal está relacionada a problemas mentais e pode estar ligada também à diabetes tipo 2, pressão alta, colesterol alto, obesidade e alcoolismo — todos também são fatores de risco para a demênciaReprodução

Isolamento social: o sintoma pode aumentar o risco de doenças neurodegenerativas. A falta de paciência com amigos e familiares e a preferência por ficar sozinho podem ser sinais de problemas químicos no cérebro ou falta de vitaminasPixabay

Outros sinais que podem indicar doenças neurodegenerativas, são: desinteresse pelas atividades habituais, dificuldade em executar tarefas do dia-a-dia, repetir conversas ou tarefas, Desorientação em locais conhecidos e dificuldade de memorizaçãoPixabay
3. Mantenha um estilo de vida saudável
Assim como acontece com outros problemas de saúde, um estilo de vida saudável é igualmente importante para manter a saúde do cérebro. Comer bem, manter um peso saudável, praticar exercícios físicos regularmente e evitar situações que aumentem o risco de ataques cardíacos e derrames também reduzem o risco de demência.
Não fumar e limitar o consumo de álcool também é importante para evitar prejuízos à saúde cognitiva. Isso porque esses hábitos afetam a saúde dos vasos sanguíneos do cérebro, do pescoço e do coração. Também é importante dormir bem e tratar distúrbios do sono, como a apneia.
4. Busque interagir com outras pessoas
Pesquisas mostram que a interação social em qualquer idade terá benefícios cognitivos positivos. Conviver regularmente com outras pessoas, incluindo familiares, amigos, vizinhos, colegas de trabalho e membros da comunidade, pode melhorar o humor, as perspectivas de vida e o uso do cérebro.
As interações regulares afetam positivamente as habilidades cognitivas, sendo demonstrado que aliviam sintomas da demência.