Mindfulness é tão eficaz quanto remédios contra ansiedade, diz estudo

O mindfulness foca na atenção plena, com técnicas direcionadas para esvaziar a mente de pensamentos do passado e futuro

atualizado 14/11/2022 15:38

Getty Images

Um estudo feito na Universidade de Georgetown, em Washington, nos Estados Unidos, sugere que a técnica de meditação mindfulness pode ser tão eficaz no controle da ansiedade quanto o uso de alguns medicamentos. Mas os pesquisadores alertam: as pessoas que fazem tratamento medicamentoso não devem abandoná-los deliberadamente, sem orientação médica.

Também conhecida como atenção plena, a técnica é focada na ideia de se concentrar completamente no agora e esvaziar a mente de pensamentos. Os resultados do novo estudo foram publicados na revista científica JAMA Psychiatry na última quarta-feira (9/11).

A pesquisa contou com a participação de 276 adultos com transtornos de ansiedade não tratados. Eles foram separados em dois grupos: metade fez um curso de oito semanas de redução do estresse baseado em mindfulness, e os demais receberam doses de 10 mg a 20 mg de escitalopram, um medicamento usado para tratar ansiedade e depressão.

As aulas de meditação em grupo aconteceram uma vez por semana, com duração de aproximadamente duas horas e meia, em uma clínica local. Além disso, os voluntários deveriam praticar 40 minutos de meditação diária em casa.

Ao final do estudo, tanto o grupo que recebeu os medicamentos quanto o da meditação apresentaram uma redução de aproximadamente 20% nos sintomas de ansiedade durante o período analisado. Os cientistas ficaram entusiasmados com a possibilidade de novas opções de tratamentos, especialmente para pessoas que não se adaptam às medicações devido aos efeitos colaterais graves.

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Mas eles alertam que nenhuma das abordagens escolhidas elimina completamente a ansiedade. Elas são ferramentas para acalmá-la. Além disso, os pacientes que tomam medicamentos para controlar os transtornos psíquicos não devem parar seus tratamentos sem consultar um médico.

“Se alguém já está tomando um medicamento, pode tentar a meditação ao mesmo tempo. Se eles querem parar de tomar a medicação, devem falar com o médico”, diz a principal autora do estudo, Elizabeth Hoge, à CNN internacional.

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