metropoles.com

Governo prevê gasto de R$ 1,9 bi para produção da vacina contra coronavírus

Ministério da Saúde vai pedir um crédito orçamentário extraordinário, que será autorizado pelo governo em forma de medida provisória

atualizado

Compartilhar notícia

istock
vacina sendo aplicada
1 de 1 vacina sendo aplicada - Foto: istock

O Ministério da Saúde anunciou nesta segunda-feira (3/8) que será necessário um investimento de R$ 1,9 bilhão para viabilizar as primeiras 100 milhões de doses da vacina de Oxford contra a Covid-19 para o Brasil, o que inclui a aquisição da tecnologia e os insumos para a produção do método de imunização no país. A pasta pretende conseguir os recursos por meio de um crédito orçamentário extraordinário, que deve ser autorizado pelo executivo em forma de medida provisória.

Os recursos serão investidos da seguinte forma: R$ 1,3 bilhão para à AstraZeneca, R$ 522,1 milhões para produzir a vacina na Fiocruz/Bio-Manguinhos e R$ 95,6 milhões para absorção da tecnologia pela Fiocruz. Em entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira (3/8), Hélio Angotti Neto, secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, afirmou que a pasta ainda está definindo os grupos que terão prioridade no acesso à vacina contra a Covid-19, quando ela estiver disponível.

Por enquanto, terão prioridade na fila idosos, pessoas com comorbidades, profissionais de saúde, professores, profissionais de segurança, indígenas, motoristas de transporte público e pessoas privadas de liberdade. A lista final será definida de acordo com as descobertas científicas a respeito da doença.

“Estamos trabalhando com 100 milhões de doses, mas depende muito do desempenho da vacina na terceira fase do estudo clínico. Com base nessas respostas e no calendário de entrega das doses, poderemos entregar um planejamento adequado”, explica o secretário. Ele lembra que o Ministério está trabalhando com esta quantidade a princípio, mas, se as pesquisas mostrarem uma necessidade de aplicação de mais de uma dose nos pacientes, os grupos devem mudar.

O secretário-executivo Élcio Franco lembrou que o Brasil tem o maior programa de imunização do mundo e, por isso, a expertise necessária para definir públicos-alvo e fazer a logística de distribuição para garantir a entrega das doses da vacina em todo o país.

0

Compartilhar notícia