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Chocolate faz bem para o coração. Cardiologista ensina como escolher

O alimento é rico em flavonoides, que têm efeito anti-inflamatório e antioxidante, ou seja, protege as células contra os radicais livres

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Barra de chocolate
1 de 1 Barra de chocolate - Foto: Getty Images

Comer chocolate faz bem para o coração. O alimento é rico em flavonoides, que têm efeito anti-inflamatório e antioxidante, ou seja, protege as células contra os efeitos dos radicais livres produzidos pelo organismo. O consumo também aumenta a função do óxido nítrico no nosso corpo, o que reduz a pressão arterial e aumenta o fluxo vascular.

Em 2019, foi publicado no International Journal of Cardiovascular Sciences (IJCS), da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), uma pesquisa que associou o consumo de chocolate a menor taxa de hipertensão e diabetes, fatores de risco para doenças cardiovasculares.

“As substâncias presentes no chocolate contribuem para evitar a aterosclerose, que é a inflamação causada pelo acúmulo de gorduras, colesterol e outras substâncias nas paredes das artérias e dentro delas”, explica Claudio Tinoco Mesquita, editor-chefe do IJCS (SBC) e professor associado de Medicina da Universidade Federal Fluminense.

Mas o grande problema do chocolate são as calorias – pois, para que o cacau fique mais palatável, são acrescentados açúcar, leite e gordura nas formulações. O consumo em excesso pode contribuir para a obesidade, ampliando as chances de doenças do coração.

Como escolher a melhor opção

O mais adequado para garantir os benefícios e reduzir os riscos é ingerir 45 gramas por semana, segundo artigo publicado no British Medical Journal, que avaliou 14 publicações sobre o assunto.

Estudos também mostram que quanto maior é o percentual de cacau, maiores são os benefícios. “O mais saudável é o chocolate preto e mais amargo possível. O chocolate branco tem mais gordura e o amargo possui menos açúcar”, orienta Mesquita. Segundo o médico, nenhum deles precisa ser evitado.

Na hora da compra, o consumidor deve se atentar à quantidade mínima de cacau e tomar cuidado com os falsos chocolates. Um a cada três chocolates vendidos no Brasil não possui o percentual mínimo de cacau exigido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que é de pelo menos 25%. Muitos não chegam nem a 5%.

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Produtos light e diet

Outra questão que merece atenção são os chocolates light e diet. Um produto light tem 25% menos nutrientes, já o diet não tem nenhum nutriente. “O ovo de páscoa diet, por exemplo, não contém açúcar, mas pode possuir muita gordura. Também não é recomendado o consumo regular de achocolatados, pois têm uma alta quantidade de calorias”, comenta Mesquita.

Se o desejo é por chocolate, o mais saudável, de acordo com o médico, é optar por uma barrinha pequena. “Como em outras coisas na vida, a moderação parece ser a melhor opção”, finaliza.

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