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Bebê saudável: 4 hábitos alimentares que devem começar na gestação

Uma alimentação simples e diversificada é fundamental para o crescimento e desenvolvimento das crianças nos primeiros anos de vida

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Bebê comendo papinha
1 de 1 Bebê comendo papinha - Foto: Getty Images

Seguir uma alimentação balanceada é um dos pilares para uma vida longa e saudável. Estudos mostram que os hábitos adquiridos nos primeiros anos de vida das crianças podem ser levados pelo resto da vida, com impacto no desenvolvimento de doenças relacionadas ao sobrepeso, por exemplo.

De acordo com a nutricionista do Projeto Pigmeu, Renata Riciati, a preocupação com a alimentação deve começar ainda durante a gravidez — a gestante precisa estar atenta aos nutrientes que consome e que serão direcionados para o bebê.

“É importante entender como a alimentação da mãe durante a gestação pode causar impactos positivos ou negativos tanto no desenvolvimento, como no crescimento do bebê. Uma mãe bem nutrida é igual a um bebê bem nutrido”, explica Renata.

A nutricionista conta que não há mistério na alimentação infantil. Uma regra simples e fácil de entender é: descascar é melhor do que desembalar. Ou seja, dê sempre preferência para os alimentos não processados.

“Sou da opinião de que o básico bem feito é sempre a melhor opção, então não existe uma ‘superalimentação’ para uma gestante. Uma alimentação caseira, natural, com o arroz e feijão de todo dia, está ótimo”, diz a especialista em nutrição.

Veja quatro dicas para que os pais contribuam com o crescimento de filhos saudáveis:

Durante a gestação

Os hábitos alimentares e o estilo de vida das gestantes impactam diretamente na saúde do bebê. Durante a gravidez, elas devem evitar ao máximo consumir carnes mal passadas ou cruas, bebidas alcoólicas e o tabagismo.

As grávidas devem buscar alimentos com nutrientes que otimizem o crescimento do bebê, como o ácido fólico, ferro, ômega 3, vitaminas do complexo B, vitamina C e o zinco, que atuam diretamente na imunidade.

“Do meu ponto de vista profissional, uma gestante deve ser suplementada com os principais nutrientes. Para saber ao certo o que cada uma precisa, é necessário fazer uma avaliação, exames laboratoriais, tanto de sangue quanto de urina, para avaliar o todo e saber o que é mais ideal”, afirma a nutricionista.

Os primeiros seis meses do bebê

Para as mães que conseguem amamentar, a recomendação é que a alimentação do bebê durante os seis primeiros meses de vida seja feita exclusivamente com o leite materno. Água e chá só devem ser incluídos na rotina da criança após este período, junto com a introdução de outros alimentos.

O leite materno é rico em gordura, carboidratos e vitaminas essenciais para o crescimento e desenvolvimento do bebê no início da vida, além de ser uma fonte de anticorpos essenciais para o fortalecimento do sistema imunológico.

Para as mães que optam pela livre demanda – amamentar sempre que o bebê dê sinal que está com fome –, a nutricionista explica que não existe uma regra de certo ou errado, mas é interessante montar uma rotina e lembrar que deve haver um espaçamento de duas a três horas entre as mamadas.

“Sempre oriento para fazer o que seu coração mandar, não existe muita regra. Cada mãe e seu filho funcionam de uma maneira e devemos respeitar essa individualidade. Se possível, é importante montar uma rotina para esses horários”, diz Renata.

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<b>Dieta Mediterrânea –</b> Baseada em alimentos frescos, escolhidos conforme a estação do ano, e naturais, é interessante por permitir consumo moderado de vinho, leite e queijo. O cardápio é tradicional na Itália, Grécia e Espanha, usa bastante peixe e azeite, e, desde 2010, é considerado patrimônio imaterial da humanidade. Além de ajudar a perder peso, diminui o risco de doenças cardiovasculares
<b>Dieta Flexitariana –</b> Sugere uma redução de até 70% do consumo de carne, substituindo a proteína animal por vegetais, frutas, sementes, castanhas e cereais. Com o regime, o organismo ficaria mais bem nutrido e funcionaria melhor. É recomendado começar trocando a carne vermelha por frango ou peixe e procurar um nutricionista para acompanhar a necessidade de suplementação de vitamina B12, encontrada em alimentos de origem animal
<b>Dieta MIND –</b> Inspirada nas dietas Mediterrânea e Dash, a MIND é feita especificamente para otimizar a saúde do cérebro, cortando qualquer alimento que possa afetar o órgão e focando em nozes, vegetais folhosos e algumas frutas. Um estudo feito pelo Instituto Nacional de Envelhecimento dos Estados Unidos descobriu que os pacientes que seguiram a dieta diminuíram o risco de Alzheimer de 35% a 53%, de acordo com a disciplina para seguir as recomendações
<b> Dieta TLC –</b> Criada pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, pretende cortar o colesterol para melhorar a alimentação dos pacientes. São permitidos vegetais, frutas, pães integrais, cereais, macarrão integral e carnes magras. Há variações de acordo com cada objetivo, como melhorar o colesterol e perder peso
<b> Dieta Nórdica –</b> Como o nome sugere, a dieta é baseada na culinária de países nórdicos e dá bastante enfoque ao consumo de peixes (salmão, arenque e cavala), legumes, grãos integrais, laticínios, nozes e vegetais, além de óleo de canola no lugar do azeite. Segundo a OMS, o regime reduz o risco de câncer, diabetes e doenças cardiovasculares
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Dieta Dash – A sigla significa, em português, Métodos para Combater a Hipertensão e foca não só em diminuir a quantidade de sódio ingerida, mas em alimentos ricos em proteínas, fibras, potássio, magnésio e cálcio. A dieta tem 20 anos e é reconhecida por várias publicações científicas pela eficiência em reduzir a pressão arterial e controlar o peso

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Dieta Mediterrânea – Baseada em alimentos frescos, escolhidos conforme a estação do ano, e naturais, é interessante por permitir consumo moderado de vinho, leite e queijo. O cardápio é tradicional na Itália, Grécia e Espanha, usa bastante peixe e azeite, e, desde 2010, é considerado patrimônio imaterial da humanidade. Além de ajudar a perder peso, diminui o risco de doenças cardiovasculares

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Dieta Flexitariana – Sugere uma redução de até 70% do consumo de carne, substituindo a proteína animal por vegetais, frutas, sementes, castanhas e cereais. Com o regime, o organismo ficaria mais bem nutrido e funcionaria melhor. É recomendado começar trocando a carne vermelha por frango ou peixe e procurar um nutricionista para acompanhar a necessidade de suplementação de vitamina B12, encontrada em alimentos de origem animal

Dose Juice/Unsplash
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Dieta MIND – Inspirada nas dietas Mediterrânea e Dash, a MIND é feita especificamente para otimizar a saúde do cérebro, cortando qualquer alimento que possa afetar o órgão e focando em nozes, vegetais folhosos e algumas frutas. Um estudo feito pelo Instituto Nacional de Envelhecimento dos Estados Unidos descobriu que os pacientes que seguiram a dieta diminuíram o risco de Alzheimer de 35% a 53%, de acordo com a disciplina para seguir as recomendações

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Dieta TLC – Criada pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, pretende cortar o colesterol para melhorar a alimentação dos pacientes. São permitidos vegetais, frutas, pães integrais, cereais, macarrão integral e carnes magras. Há variações de acordo com cada objetivo, como melhorar o colesterol e perder peso

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Dieta Nórdica – Como o nome sugere, a dieta é baseada na culinária de países nórdicos e dá bastante enfoque ao consumo de peixes (salmão, arenque e cavala), legumes, grãos integrais, laticínios, nozes e vegetais, além de óleo de canola no lugar do azeite. Segundo a OMS, o regime reduz o risco de câncer, diabetes e doenças cardiovasculares

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Dieta Volumétrica – Criada pela nutricionista Barbara Rolls, a ideia é diminuir a quantidade de caloria das refeições, mas mantendo o volume de alimentos ingeridos. São usados alimentos integrais, frutas e verduras que proporcionam saciedade e as comidas são divididas pela densidade energética

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Vigilantes do Peso – O programa existe há mais de 50 anos e estabelece uma quantidade de pontos para cada tipo de alimento e uma meta máxima diária para cada pessoa, que pode criar o próprio cardápio dentro das orientações. Além disso, há o incentivo a atividades físicas e encontros entre os participantes para trocar experiências

Ola Mishchenko/Unsplash
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Dieta Mayo Clinic – Publicada em 2017 pelos médicos da Mayo Clinic, um dos hospitais mais reconhecidos dos Estados Unidos, o programa é dividido em duas partes: perca e viva. Na primeira etapa, 15 hábitos são revistos para garantir que o paciente não desista e frutas e vegetais são liberados. Em seguida, aprende-se quantas calorias devem ser ingeridas e onde encontrá-las. Nenhum grupo alimentar está eliminado e tudo funciona com equilíbrio

Rui Silvestre/Unsplash
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Dieta Asiática – O continente é enorme, mas há traços comuns na gastronomia de toda a região. Uma ONG de Boston definiu uma pirâmide alimentar baseada nos costumes orientais: vegetais, frutas, castanhas, sementes, legumes e cereais integrais, assim como soja, peixe e frutos do mar são muito usados, enquanto laticínios, ovos e outros óleos podem ser consumidos em menor frequência. A dieta pede também pelo menos seis copos de água ou chá por dia, e saquê, vinho e cerveja podem ser degustados com moderação

Sharon Chen/Unsplash

Introdução alimentar

Os alimentos só devem ser introduzidos na dieta dos bebês após completados seis meses de vida. No início, é interessante que os pais evitem as papinhas que misturam frutas e outras comidas para que o bebê conheça o sabor de cada um deles individualmente e desenvolva seus gostos alimentares.

“O ideal é amassar com o garfo ou passar na peneira e oferecer essa alimentação porcionando os alimentos separadamente no prato. Por exemplo, colocar o arroz separado do feijão, da carne e dos demais alimentos”, explica Renata.

Bebês que têm autonomia das próprias mãos podem seguir o método BLW (baby-led weaning), em que a criança se alimenta sozinha, levando a comida até a boca para que ela tenha contato com sabor, textura e aroma.

“A má aceitação dos alimentos, lá na frente, vai depender da introdução alimentar. Se ela for feita sem as vitaminas e minerais necessários na dieta da criança, ela terá dificuldades em seu crescimento e desenvolvimento, afetando seu peso, altura e capacidades cognitivas e sensoriais. Por isso, a nutrição adequada nos primeiros anos de vida é fundamental”, defende.

Crianças mais independentes

De acordo com a nutricionista, é importante dar autonomia para que as crianças desenvolvam o próprio gosto. Deixar que elas decidam o quanto querem comer é o ponto inicial.

O ideal é começar com uma colher de sopa para cada grupo alimentar – uma colher de sopa de arroz, uma de feijão, uma de legumes e uma de proteínas, por exemplo – e progredir de acordo com os desejos do pequeno.

“Um dos maiores erros dos pais é querer impor uma condição deles aos filhos. Alguns colocam a quantidade ideal para eles, mas essa quantidade deve atender as demandas da criança”, explica Renata.

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