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Tarcísio nomeia PM envolvido no caso Carandiru para a Administração Penitenciária

Coronel Sérgio de Souza Merlo, um dos PMs acusados pelo Massacre do Carandiru, vai trabalhar na pasta de Tarcísio que cuida de presídios

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1 de 1 carandiru-840×577 - Foto: DIVULGAÇÃO

São Paulo – O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) nomeou neste sábado (14/1) o coronel da reserva da Polícia Militar Sergio de Souza Merlo, um dos 120 PMs listados no processo do Massacre do Carandiru, para um cargo de assessor técnico na Secretaria de Administração Penitenciária.

O massacre ocorreu em outubro de 1992, quando 111 presos foram mortos pela PM após uma rebelião. Merlo vai trabalhar no gabinete do secretário Marcello Streifinger, outro PM da reserva.

O secretário não participou do massacre, mas seu irmão, o PM Márcio Streifinger, atuou com Merlo no dia dos assassinatos. Ambos estariam com um grupo que agrediu presos em uma varredura na cadeia ocorrida após os homicídios, segundo o Ministério Público.

Em 2014, uma decisão de primeira instância julgou extinta a punição de Merlo com base na prescrição da acusação. O processo do massacre ainda não foi concluído, e deve ser retomado no fim deste mês.

Por meio de nota, a gestão Tarcísio defendeu a nomeação do novo assessor. “As nomeações da pasta são realizadas exclusivamente com base em critérios técnicos”, informou a Secretaria da Administração Penitenciária.

“Sérgio de Souza Merlo é bacharel em direito pela Faculdade de Direito do Largo São Francisco e tem mais de trinta anos de experiência na administração pública”, complementa o texto.

Atuação no dia do massacre

Em 2 de outubro, dia do massacre, Merlo era primeiro-tenente e comandou o 1º  Pelotão de Prontidão do 2º Batalhão de Choque. Segundo os relatos da época, ele foi um dos PMs que entrou no quarto andar do Pavilhão 9 do Carandiru, prédio onde ocorreu o massacre, para conferir se os presos haviam retornado às celas.

Naquele andar, horas antes, homens do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) haviam matado 10 pessoas, de acordo com o Ministério Público. O MP aponta que 92 presos foram vítimas de agressões depois da morte dos 111 detentos.

O caso é similar à situação do ex-secretário da Administração Penitenciária, Nivaldo Restivo, que também participou da operação de varredura. Ele foi indicado para gerenciar a pasta que cuida dos presídios na gestão João Doria, na época no PSDB.

Restivo havia sido convidado pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, para ocupar o cargo de secretário nacional de Políticas Penais no governo Lula, mas recusou o convite diante de pressões de entidades de Diretos Humanos e da própria equipe de transição do governo contra seu nome.

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