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Governo de SP reforça apoio psicológico a escola alvo de ataque

Escola Thomazia Montoro terá reforço de funcionários do Conviva; professores relatam ameaça de atentado e aumento de conflitos internos

atualizado

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Fábio Vieira/Metrópoles
Foto colorida mostra estudantes reunidos em frente a Escola Thomazia Montoro
1 de 1 Foto colorida mostra estudantes reunidos em frente a Escola Thomazia Montoro - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

São Paulo – A Secretaria da Educação de São Paulo instalou nessa quarta-feira (13/9) uma comissão com o objetivo de reforçar o apoio psicológico a alunos e professores na Escola Estadual Thomazia Montoro, na zona oeste da capital, alvo do atentado que matou a professora Elisabeth Tenreiro, em março. Funcionários têm relatado problemas de convívio entre os alunos e atritos entre professores.

Nesta semana, a escola ficou em alerta diante da ameaça de um novo atentado. Na terça (12/9), um aluno deixou uma carta na secretaria do colégio dizendo que “derramaria sangue” no dia seguinte. Segundo uma professora que preferiu não se identificar, o estudante foi levado a uma delegacia para ser ouvido e acabou admitindo ser o autor do bilhete.

Funcionários do colégio ouvidos pelo Metrópoles afirmam que a frequência de brigas entre os alunos aumentou nos últimos meses. Há algumas semanas, dizem funcionários, duas estudantes teriam trocado agressões dentro da sala de aula e “saído ensanguentadas”. Cerca de 50 alunos deixaram o colégio desde o atentado, em 27 de março.

Segundo os relatos ouvidos pelo Metrópoles, os atritos entre os professores também teriam aumentado. Em alguns casos, a diretoria do colégio organizou reuniões para tentar mediar os conflitos.

A Secretaria da Educação afirma que o trabalho da comissão será conduzido por uma equipe composta por integrantes do Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar (Conviva).

De acordo com a pasta, a ação vai ocorrer em paralelo ao trabalho dos 550 psicólogos do Conviva, que começaram a atuar há cerca de duas semanas na rede estadual. A secretaria diz que a comissão da Escola Estadual Thomazia Montoro terá a realização de oficinas e palestras voltadas ao bem-estar e saúde mental.

A Seduc não deu detalhes sobre os motivos que levaram à instalação da comissão, dizendo apenas que ela ocorre “em consideração ao abalo sofrido por professores”.

Atentado na escola Thomazia Montoro

Em 27 de março deste ano, um estudante de 13 anos matou a professora Elisabeth Tenreiro, de 71 anos, em uma sala de aula da Escola Estadual Thomazia Montoro. Três professoras ficaram feridas.

O atentado ocorreu por volta das 7h20. O adolescente feriu as vítimas logo após a abertura dos portões da Escola Estadual Thomazia Montoro. Ele entrou em duas salas de aula, com a faca em mãos e usando uma máscara de caveira, e golpeou pelo menos dez vezes uma das professoras pelas costas.

O autor do ataque havia sido transferido de um outro colégio no mesmo mês. A diretoria da unidade de ensino já havia alertado a Secretaria da Educação e feito um boletim de ocorrência sobre ameaças de atentado feitas pelo adolescente.

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