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Funcionário da Fundação Casa morreu após ser enforcado por jovens

Menores da Fundação Casa do Guarujá fizeram reféns, roubaram carros e fugiram do local na noite de domingo; polícia investiga rebelião

atualizado

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São Paulo – O agente da Fundação Casa Evaldo Gomes de Souza, de 45 anos, foi enforcado por internos da unidade, antes de morrer, na noite desse domingo (11/12), no Guarujá, litoral paulista.

Até a publicação desta reportagem, seis adolescentes, todos de 17 anos, estavam foragidos e um já havia sido recapturado, com a ajuda da Polícia Militar.

Antes de fugir, os menores infratores renderam três funcionários, segundo registros da Delegacia de Guarujá.

Em depoimento à Polícia Civil o agente Paulo Rogério de Oliveira, de 39 anos, afirmou que estava acompanhado de Souza no Centro de Internação Provisória (CIP) da unidade, onde estavam dez adolescentes.

Somente os dois funcionários faziam o monitoramento dos menores, pois um coordenador que também trabalha no CIP está de férias.

O dormitório, com os dez internos, já estava com as luzes apagadas, quando Oliveira foi buscar um livro de registros. O quarto, com a porta aberta, era monitorado por Souza, que estava no corredor. Era por volta das 22h.

Quando procurava o livro, Oliveira ouviu um barulho, vindo de onde seu parceiro estava.

Chegando no local, constatou que o colega de trabalho estava caído no chão, enquanto um dos adolescentes aplicava-lhe um golpe, no pescoço, conhecido como mata-leão.

Oliveira não teve tempo de intervir, pois desmaiou após ser alvo do mesmo golpe, dado por outro menor infrator. Ele, assim como Souza e outro funcionário, tiveram as mãos e pés amarrados com lençóis.

Dos dez adolescentes que estavam no dormitório, sete fugiram. Ao todo, 52 menores cumprem medidas socioeducativas na unidade.

Fuga e prisão

Policiais militares foram acionados para a atender a um caso de rebelião, mas quando chegaram à Fundação Casa constataram tratar-se de uma fuga.

Em depoimento, os PMs afirmaram que dois agentes da unidade “foram esganados” pelos adolescentes e ficaram amarrados pelos pés e mãos.

Além disso, Souza “estava enfartando”, acrescentaram os policiais. Ele morreu ainda no local, como foi constatado por socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

A cerca de um quilômetro e meio de distância da unidade de internação, policiais se depararam com quatro adolescentes. Três conseguiram fugir e um foi apreendido.

Ele relatou à polícia que decidiu fugir, junto com os outros menores, pois os “ânimos estavam alterados” na Fundação Casa.

O menor admitiu que três funcionários foram rendidos, esganados, além de amarrados com lençóis.

O bando fugiu, acrescentou, após acessarem a quadra da unidade e passarem por baixo de um alambrado, pulando em seguida um muro, acessando a rua.

O caso foi registrado pela Delegacia de Guarujá como ato infracional de evasão mediante violência contra a pessoa, homicídio e lesão corporal.

A Polícia Civil investiga o paradeiro dos outros adolescentes.

A Fundação Casa anunciou ao Metrópoles, na manhã desta segunda-feira (12/12), que se solidariza com os familiares do servidor morto.

Sobre a fuga, a instituição acrescentou ter comunicado ao Judiciário e aos familiares dos adolescentes.

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